Notícias | 1 de dezembro de 2021 | Fonte: ACidade ON

Famílias de mortos em gruta cobram pagamento do seguro de vida

As famílias dos bombeiros civis mortos durante um treinamento na gruta Duas Bocas, em Altinópolis, no dia 31 de outubro, ainda não receberam o dinheiro referente ao seguro de vida que teria sido pago pelos participantes antes do curso. 

Segundo os parentes, a responsabilidade da apólice é da escola Real Life, que ministrava o curso no local quando houve o desabamento de parte do teto da caverna, matando nove bombeiros civis. 

A analista de RH, Daiane Stéfani da Silva Botelho perdeu a irmã de 25 anos no acidente. Ela conta que a irmã, a bombeiro civil Jennifer Caroline da Silva, sempre pagava o seguro. “Eu entrei em contato com a Real Life (…) e eles falam que não sabem, que talvez esteja no celular de alguém, que eles também não sabem de nada”, disse.

A existência do seguro também foi confirmada por Cristina Triffoni, mãe do bombeiro civil Rodrigo Triffoni Calegari, de 32 anos. A professora afirma que o dinheiro não vai trazer os bombeiros de volta, mas pode ajudar as famílias das vítimas e, principalmente, os sobreviventes que ainda estão em recuperação após o acidente.

Ela guardou o celular do filho, onde há um áudio em que Rodrigo, conversa com o instrutor responsável pela organização do curso. No áudio, o colega que também morreu no acidente, confirma a Rodrigo o pagamento do seguro.

“Dez dias antes. O seguro é dias antes, eu não posso extrapolar dez dias. Então o curso é sábado, dia 30 agora, e eu tive que fazer o seguro dia 20, com dez dias de antecedência. Senão a seguradora não pega. Já está tudo feito já”, diz. 

O que diz a empresa

O advogado da Real Life, Wesley Felipe Martins dos Santos Rodrigues, afirma que está em contato com a seguradora. Ele atribui a responsabilidade pela contratação do seguro ao instrutor Celso Galina Junior. 

“Quem deveria ter sido feita essa contratação foi o Celso, que infelizmente faleceu. O celular dele está com a família e a gente está tentando contato com eles para ver se existe algum comprovante de pagamento ou não.”  


Procurada, a família do instrutor não comentou o assunto até a publicação desta matéria.  

Segundo Rodrigues, a seguradora também negou que a contratação tenha sido feita. Ele diz analisar medidas jurídicas para identificar recibos que comprovem o pagamento. 

“Caso a gente não consiga esse celular, vamos ter que acionar judicialmente a seguradora ou os familiares do Celso, eu não sei se seria o caso de uma quebra de sigilo bancário exclusivamente para ver se houve esse pagamento ou não, mandar e-mail para a central de seguradoras também para ver se tem alguma apólice no nome da Real Life ou do Celso ou do [Sebastião, dono da Real Life] Abreu.” (Com EPTV)

Um comentário

  1. MARCOS AURÉLIO LEMOS DE BRITO

    1 de dezembro de 2021 às 14:40

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