Notícias | 10 de janeiro de 2006 | Fonte: CQCS

Ex-diretor do IRB explica pagamento de indenização à Guaratinguetá

Ao depor, hoje, na CPMI dos Correios, o ex-diretor de Transportes e Riscos e Sinistros do IRB Brasil Re, Carlos Murilo Goulart Barbosa Lima, afirmou que não houve qualquer interferência política ou da diretoria da resseguradora na época visando ao pagamento da indenização de R$ 14 milhões à Companhia Fiação e Tecidos Guaratinguetá, onde ocorreu um incêndio em 2003.

Segundo ele, vários peritos analisaram o sinistro e nenhum deles constatou qualquer indício de “falcatrua” para forjar o incêndio.

Carlos Murilo Goulart Barbosa Lima revelou ainda que a assessoria jurídica do IRB recomendara que não fosse paga a indenização. Porém, segundo Carlos Barbosa Lima, a mesma assessoria alertara para o risco de a Guaratinguetá receber um valor de indenização até maior do que o solicitado se entrasse na Justiça.

Ele explicou que a empresa pedira inicialmente R$ 40 milhões. Mas, foi feito um acordo com o IRB, que fez o valor baixar para R$ 18 milhões. A resseguradora, no entanto, acabou desembolsando apenas R$ 14 milhões para a Guaratinguetá, em três parcelas.

Ele acentuou também que as diretorias do IRB – colegiada e administrativa – aprovaram o pagamento por unanimidade, inclusive com a concordância das grandes companhias de seguros representadas no Conselho Administrativo.

Por solicitação do presidente da CPMI, senador Delcídio Amaral (PT-MT), foram cancelados os depoimentos de Ernesto Tzirulnik e Alessandro Serafin Octaviani Luis, respectivamente advogados da Guaratinguetá e da Companhia de Seguros Aliança da Bahia. Ambos deporiam após Carlos Murilo Goulart Barbosa Lima.

FAÇA UM COMENTÁRIO

Esta é uma área exclusiva para membros da comunidade

Faça login para interagir ou crie agora sua conta e faça parte.

FAÇA PARTE AGORA FAZER LOGIN