Notícias | 25 de maio de 2004 | Fonte: CQCS

Etiqueta colocada na fábrica reduz furtos no varejo

Os furtos nas lojas já provocam prejuízos equivalentes a até 4% do faturamento. Para reduzir essas perdas, varejistas estão investindo em novas ferramentas, tais como as desenvolvidas pelo Núcleo de Etiquetagem na Origem (NEO).

Bem-sucedida nos Estados Unidos e Europa, a etiquetagem na origem consiste na aplicação de etiquetas antifurtos na própria linha de produção das mercadorias. Dessa forma, em vez dos varejistas receberem os produtos e investirem parte do seu tempo na colocação das etiquetas, essa atividade fica por conta dos próprios fabricantes.

Segundo o gerente de etiquetagem na origem da Plastrom Sensormatic, uma das empresas apoiadoras do núcleo, Luciano Raposo, a aplicação prática tem demonstrado que, além da prevenção de perdas, essa técnica é capaz de reduzir em 20% os custos operacionais e aumentar em até 30% as vendas de produtos de alto giro.

De acordo com Luciano Raposo, o NEO conta hoje com 60 fabricantes, entre eles Johnson & Johnson, Brastemp, Bosch, Black & Decker, Motorola, Tramontina, Nivea e Faber Castell.

As clientes têm aprovado os resultados obtidos até agora. Para a Copag, principal fabricante de baralhos do Brasil, participar do Núcleo de Etiquetagem na Origem ajudou seus clientes do varejo e atacado não só a reduzir perdas como também a descobrir novas oportunidades. “Deixávamos de vender diversos produtos de nossa linha para alguns clientes simplesmente porque os gerentes escondiam os baralhos em balcões fechados, com receio de furtos”, conta Mariana Dall’Acqua Lopes, gerente de marketing da empresa.

Ela acrescenta que, agora, os produtos estão etiquetados e não há mais necessidade de afastá-los dos consumidores: “com isso, somente as vendas de baralhos de plástico aumentou 40%”, assinala Mariana Dall’Acqua.

Resultados semelhantes foram obtidos pela Tycoon, fabricante de óculos escuros. “Antes da etiquetagem na origem, os varejistas expunham poucos de nossos modelos em suas lojas. Agora, com a etiquetagem na origem, a situação se inverteu. Sem o temor dos furtos eles passaram a expor e vender mais óculos. Por conseqüência, aumentaram nossos pedidos tanto em quantidade quanto em qualidade”, destaca Eliana de Campos, diretora da empresa.

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