Notícias | 2 de dezembro de 2005 | Fonte: Seguros.com.br

Estrangeiras apostam em produto diferenciado

Empresas estrangeiras presentes no mercado brasileiro apostam em nichos ainda poucos explorados, aproveitando a sua experiência acumulada no mercado internacional. É o caso da Marsh, corretora de seguros do grupo Marsh & McLennan Companies, que investe, agora , em pelo menos dois tipos de produtos: o seguro de “fraudes financeiras”, nova modalidade que dá cobertura em caso de fraudes promovidas por funcionários ou terceiros; e o seguro de crédito à exportação, que pode ser útil na administração de fluxos de caixa das empresas e contribuir para os resultados do negócio. Ontem, dois executivos da corretora fizeram palestras sobre esses temas, no Rio de Janeiro (Paulo Baptista, que falou sobre o seguro de fraudes financeiras) e em Curitiba (Tatiana Moura, especialista em seguro de crédito e garantia).

A aposta maior da corretora é no seguro que cobre fraudes corporativas, que está sendo comercializado há poucos meses. O valor coberto por uma apólice pode chegar a US$ 20 milhões. Segundo Paulo Baptista, a empresa que contratar o novo produto terá proteção contra prejuízos resultantes de falsificação de documentos e assinaturas com o objetivo de desviar recursos , ações de “hackers” que subtraiam valores da empresa através da invasão de sistemas eletrônicos e por operações ilegais por meios eletrônicos, entre outras atividades.

Ele explica que essas ações podem ser praticadas por funcionários ou mesmo por terceiros: “o seguro conta com mecanismos que conferem agilidade na indenização protegendo a empresa de impactos financeiros imprevistos e de solução normalmente complexa e demorada principalmente no caso de crimes cibernéticos”, frisa o executivo.

Entre as vantagens do produtos ele cita a não obrigatoriedade de comprovação da identidade do fraudador, uma vez que crimes eletrônicos ou cibernéticos podem ser praticados de qualquer lugar do planeta.

Entretanto, comprovado o prejuízo é necessário lavrar um boletim de ocorrência e iniciar uma investigação criminal para pleitear a indenização seja paga: “no produto existente anteriormente no mercado, conhecido como seguro para fidelidade de empregados, era obrigatória a identificação do fraudador e esperar o julgamento da sentença final em juízo para se fazer jus à indenização que atrasava muito a liquidação do sinistro”, observa Paulo Baptista.

O novo seguro pode ser negociado para cobrir inclusive atos de diretores desde que praticados isoladamente e podendo ser, portanto considerado um complemento importante do seguro de D&O. A empresa que contratar o seguro poderá passar aos acionistas, conselho e diretores, uma posição de bastante segurança relativamente às práticas de gestão, tendo em vista que as seguradoras serão muito seletivas ao assumir o risco.

Nos Estados Unidos, o seguro de fraudes corporativas é conhecido como “crime insurance” e, com o D&O, faz parte das políticas de seguros das grandes empresas: “a maioria das corporações contrata apólices protegendo de fraudes. E, apesar de ser um produto restrito a grandes corporações, acreditamos que há um grande espaço para o desenvolvimento dele no Brasil”, diz o executivo da Marsh.

FAÇA UM COMENTÁRIO

Esta é uma área exclusiva para membros da comunidade

Faça login para interagir ou crie agora sua conta e faça parte.

FAÇA PARTE AGORA FAZER LOGIN