Devagar, o setor de aviação vem retomando seus serviços. Nesta quarta, dia 14, a MAPFRE Seguros promoveu a 3ª edição da jornada global risks. De maneira remota, a companhia reuniu especialistas para discutir os desafios do setor aéreo.
Bosco Francoy, executivo de Global Risks deu as boas vindas direto da Espanha e ressaltou a importância do evento. Já, Luis Gutierrez, CEO da MAPFRE, destacou que o evento é importante para falar de melhores práticas. “Vamos manter a troca de conhecimentos técnicos, apesar da necessidade de distanciamento social. Nesse novo normal temos que aproveitar as facilidades que a tecnologia proporciona”, afirmou.
Carlos Polízio, superintendente de Seguro Aeronáutico, Casco Marítimo e Transportes da MAPFE, disse haver muitos desafios na retomada. “Vamos discutir a prevenção de perdas, gerenciamento de crise, a manutenção de frotas. São muitas pessoas envolvidas”.
André Gonçalvez da Cruz, diretor de Frotas e Suprimentos GOL Linhas Aéreas, representou a aviação comercial e compartilhou algumas medidas adotadas pela empresa além dos números. “Das 900 operações diárias que fazíamos anteriormente, em abril, passamos a 40 e tivemos um alto número de aeronaves paradas”, revelou.
Ele explicou que essa parada exigiu da empresa um plano de gestão das aeronaves. “Além da segurança do ativo caro, precisava garantir monitoramento constante”, disse. Ele divulgou que foram adotadas medidas para que os aviões estivessem em segurança física, ancoragem e, também, movimentação correta. “Uma série de decisões e planos de contingência foram adotados”.
Cruz disse que, no caso da Gol, a empresa foi muito além do que foi pedido pelas autoridades em termos de segurança e protocolos. “Adotamos todas as medidas de sanitização e higiene para proteger colaboradores e quem estava na linha de frente, no atendimento, para cuidar também do passageiro”, alertou.
Ele revelou que há estudos mostrando que a ventilação na aeronave é muito segura. “A probabilidade de contaminação na aeronave é ínfima porque a ventilação limpa 99,97% dos resíduos emitidos pelos passageiros”, disse. Por isso, ele disse estar convicto de que a aviação é uma das atividades mais seguras. “Assim como voar é o lugar mais seguro para estar nesse momento de pandemia”, afirmou.
Flávio Pires, diretor geral ABAG – Associação Brasileira de Aviação Geral, disse que o Brasil tem uma frota pequena de aeronaves. “Entre 21 e 22 mil aeronaves, com pequeno crescimento, mais ligado a substituição de aeronaves”, explicou.
Ele disse que o país registra crescimento no setor de aeronaves executivas com atuação de empresas multinacionais e transnacionais.
Já Cel. Vargas, fundador e CEO da T4 Drones Professional View, falou sobre drones. “No Brasil tivemos oportunidade de aprender com erros dos outros. Quando tratados de forma profissional, os drones são uma ferramenta fantástica”, destacou.
Ele explicou os possíveis usos como um drone ajudando no combate a incêndio e que, nos aeroportos, podem ser usados em inspeções. “O Brasil é o 6º país do mundo a usar drones em inspeções aeroportuárias”, finalizou.
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