Ouvidorias e auto-regulação são medidas em estudo
O presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro, Luiz Tavares Pereira Filho, afirma que o mercado de seguros tem sido visto de forma injusta pela sociedade brasileira. Para ele, a imagem ruim do setor é fruto de preconceitos do passado, por fatos como a crise dos montepios e a não correção monetária das indenizações e pagamento de benefícios.
De fato, a imagem não é boa, mas estamos fazendo muito esforço desde a vigência do Código de Defesa do Consumidor, no início da década passada, assinala Luiz Tavares, que foi homenageado anteontem pelo Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro (CVG-RJ).
Luiz Tavares, que é diretor da Bradesco Seguros, acrescenta que, nesse momento, é preciso dar crédito à Superintendência de Seguros Privados (Susep) que vem estimulando a adoção de uma série de ferramentas para aprimorar as relações de mercado, tais como as ouvidorias.
Na avaliação do presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro, as ouvidorias, associadas ao código de ética que muitas empresas estudam a adoção e a auto-regulação, serão muito valiosas para o desenvolvimento do setor de seguros.
Nesse sentido, foi muito bom vir alguém de fora da atividade de seguros, como é o caso do Renê Garcia (superintendente da Susep) para que pudéssemos implementar novos mecanismos salienta Luiz Tavares.
Ele também ressalta a importância de se atuar junto ao Governo para que as autoridades possam entender o mercado e ver o seguro de outra forma. Para ele, a retomada do setor e a melhoria da sua imagem passam necessariamente pelo reconhecimento da sua função social. `Somos uma rede complementar ao Estado e precisamos mostrar isso para a sociedade`, observa.
Contudo, ele reconhece que ainda é preciso melhorar a comunicação do setor com outros segmentos da sociedade. `Esta necessidade tem sido esquecida ao longo dos anos`, conclui Luiz Tavares, para quem o assunto é uma de suas prioridades à frente do sindicato.
Outro importante tópico de sua administração se concentrará na contribuição técnico-operacional das comissões técnicas para elaborar propostas e sugestões às autoridades públicas. Luiz Tavares julga importante ainda a defesa dos interesses das empresas associadas mantendo estreito relacionamento com as autoridades estaduais e com a Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg).