Marido, foi preso na sexta-feira, acusado de matar a mulher para ficar com o seguro de vida. O crime aconteceu em abril de 2017 quando Rosemary dos Santos Vieira foi executada com três tiros quando chegava de carro em casa. O executor, o traficante e homicida Márcio Gomes dos Santos, o “Neném”, 38, está foragido.
O delegado Rodrigo Rodrigues, da Homicídios Noroeste, disse que o marido teria mandado matar a mulher a tiros para ficar com um seguro de vida no valor de R$ 300 mil e uma mansão no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha, para onde levou a amante um mês depois do crime para viver com ela e os dois filhos.
“A mulher fez um seguro de R$ 300 mil em nome dos filhos de 17 e 18 anos. Ela também deixou uma dívida de um empréstimo de R$ 150 mil que havia feito para pagar dívidas dele com atividades de construção e reforma”, contou o delegado. “O marido deu entrada na papelada do seguro assim que ela morreu.”
Assim que o empreiteiro deu entrada na papelada para colocar as mãos no dinheiro do seguro, que estava em nome dos filhos, a seguradora alertou a polícia e o pagamento foi bloqueado.
Segundo o delegado, o homem contratado para matar a mulher reside em uma vila, a dois quarteirões da mansão, e foi apurado que ele e o mandante conversaram três dias antes do crime. “Neném é traficante na região e é investigado por outros homicídios. A suspeita é que ele tenha sido pago com eletrodomésticos. Apreendemos uma TV com ele”, disse o delegado.
Para o delegado, o homem era um “parasita” e sempre dependia do dinheiro da mulher. “Ela sustentava o marido. Ele queria que ela vendesse a mansão, mas ela negava. O seguro e o empréstimo foram feitos pouco tempo antes do crime”, disse o policial.
Quase dois anos depois, a Polícia Civil concluiu as investigações e o empreiteiro foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe, emboscada e mando. Ele já cumpriu pena por estelionato antes, por aplicar golpes de viagens, e desta vez foi levado para o Ceresp Gameleira, onde permanecerá à disposição da Justiça.