Notícias | 29 de janeiro de 2021 | Fonte: Mais.opovo | Gabriel Borges

Em um ano, seguro habitacional foi o que mais teve procura no Ceará, com alta de 43,5% na arrecadação

Valor acumulado no ano, até novembro de 2020, chega a R$ 78,39 milhões na categoria

Em um ano de incertezas no mercado financeiro, por conta da pandemia do novo coronavírus, o setor segurador não esteve imune aos efeitos negativos. No País, a queda foi de 11,03% na arrecadação, segundo os dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg), fornecidos pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Todavia, no recorte local, o “seguro habitacional” teve um aumento de receita em 43,5% em um ano, no Ceará, correspondendo a 18,5% de participação de mercado. No acumulado até novembro de 2020, a categoria somou R$ 78,39 milhões.

O comparativo é referente a novembro de 2019 e novembro de 2020. Para o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, os efeitos da pandemia ainda devem afetar o setor ao longo de 2021.

“Começamos o novo ano com os rumos da sociedade, da política e da economia ainda dominados pela dinâmica da pandemia da Covid-19. No ano que passou, o forte estímulo fiscal – concentrado principalmente no eficaz e mal focalizado Auxílio Emergencial – evitou uma queda mais acentuada do PIB. Entretanto, tal estímulo tornou ainda mais complicada uma situação fiscal que já era apontada como o maior problema da economia brasileira”, explica.

Cenário Ceará

Andson Coutinho, proprietário da Se Segure Consultoria e Corretora de Seguros, além de corretor de Todos os Ramos e corretor de Vida e Previdência do grupo de elite da Porto Seguro, está no ramo há 12 anos e explica que a crescente no Ceará pode ser motivada pelo aumento do número de pessoas que buscam financiar um imóvel.

“Talvez essa alta procura do seguro habitacional, nesse último período, seja motivada por um aumento na procura de financiamentos de imóveis. Então, esse aumento acaba puxando o outro, já que o seguro é obrigatório na hora do financiamento”, explica.

Mesmo tratando o seguro de automóveis como o carro chefe do negócio, o corretor explica que o setor apresentou dinâmicas diferentes durante 2020. “Inicialmente, com a pandemia, no período de fevereiro até abril, o mercado de automóveis teve um receio muito grande, até porque muitas pessoas queriam aguardar o que aconteceria depois da pandemia. Veio o lockdown e as pessoas ficaram muito em casa. Então, a renovação de seguros de automóveis acabou tendo uma queda considerável”, explica.

No Ceará, ainda segundo os dados da CNseg, a variação nominal entre novembro de 2019 e igual período em 2020 apresentou uma queda de 6,6% na arrecadação, no segmento de seguros automotivos, que é responsável por 21,8% do mercado regional, tendo acumulado R$ 596,46 milhões até o último mês de novembro.

Coutinho ainda destaca os seguros de vida. Mesmo a categoria de cobertura de pessoas tendo apresentado queda de 4,6% no levantamento, no Ceará, a subcategoria “seguro de vida” não seguiu a tendência de declínio, já que apresentou uma crescente de 14,1% na arrecadação.

“Houve uma procura muito grande pelo seguro de vida. Justamente por conta da pandemia. Inicialmente, a pandemia não era coberta nas apólices de seguro. Mas tivemos uma regulamentação na Susep, que exigia que as seguradoras cobrissem e mantivessem a cobertura em casos de Covid. Tanto é que algumas delas, como a Porto Seguro, utilizaram isso como um diferencial, de que cobririam problemas relacionados ao coronavírus”, explica.

Seguro residencial

Leonardo de Freitas, diretor da Organização de Vendas do Grupo Bradesco Seguros, frisa os efeitos da pandemia como fator para a mudança de cenário em outro tipo de negócio, mais especificamente no subsetor de “seguro residencial”.

“A grande adesão ao home office, o aumento da permanência dentro das residências e as mudanças nas rotinas dos lares, geraram um aquecimento do seguro residencial, que resulta na mudança de algumas situações de risco, envolvendo a necessidade não apenas de manutenção do seguro, mas também de uma cuidadosa revisão das coberturas”.

No Ceará, o compreensivo residencial apresentou uma crescente de 10,4%, seguindo a tendência do setor patrimonial, que teve um aumento de procura de 16,4% no último ano.

“Poderia oferecer alguns exemplos das vantagens do seguro residencial, cujos serviços em geral reúnem assistência e reparos de profissionais como encanador, eletricista, vidraceiro e chaveiro”, explica Freitas. Coutinho, corretor de seguros, afirma que o custo benefício desta escolha costuma mesmo ser vantajoso para o cliente. “Um seguro residencial feito com uma cobertura legal custa cerca de R$ 300 e, em alguns casos, já estão inclusos mão de obra e peças. Podendo contar até com cobertura de incêndio”, diz.

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