Notícias | 17 de janeiro de 2022 | Fonte: CQCS l Sueli Santos

Eduardo Gianetti e Margareth Dalcomo participam do congresso da MAG Seguros e falam sobre economia e saúde

Se existem dois assuntos que causam preocupação atualmente, são a saúde e a economia. Esses assuntos estiveram presentes nessa sexta, 14, no Congresso Potencialize promovido pela MAG Seguros. Para falar dos temas, a empresa trouxe dois especialistas:  o economista Eduardo Gianetti e a infectologista Margareth Dalcomo.

Eduardo Gianetti disse que o mundo pós-pandemia traz 3 grandes certezas: o mundo está mais endividado, menos globalizado e mais digitalizado. Ele explicou que o endividamento dos governos foi necessário para garantir renda e atendimento às pessoas e, pensando no Brasil, esta perspectiva de endividamento não pode continuar crescendo e esse é um desafio que será enfrentado.

Na segunda certeza, o economista disse que a pandemia revelou que a economia interdependente, com poucos produtores globais fornecendo em escala planetária, deixou o mundo suscetível a crises. Para 180 produtos críticos da cadeia de produção existem apenas um ou dois fornecedores. “Aprendemos que temos que tomar cuidado com esta super especialização”, alertou Gianetti.

Na terceira certeza, ele mostrou que a digitalização colocou a todos em um curso intensivo de aprendizado no uso das novas ferramentas e é preciso achar novas formas de trabalhar e de utilizar o espaço público. Ele destacou que no Brasil duas coisas chamam atenção: economia com inflação alta e, ao mesmo tempo, uma economia em estagnação.

Segundo ele, o emprego voltou para a população com maior escolaridade, mas não voltou para os mais desfavorecidos. “Outro ponto que chama a atenção é que tivemos período de valorização das commodities (o que é bom para o Brasil), mas que veio acompanhada de uma forte desvalorização cambial, com o Real perdendo quase 30% do seu valor durante a pandemia”.

Para conter a inflação, o BC vem promovendo o aumento da taxa de juros, no momento em que o estoque da dívida cresceu. O pagamento de despesas de juros passa de 5%, em 2020, para 8%, em 2022. A conta de juros do governo é da ordem de R$ 750 bilhões anuais. Por isso, ele disse que esse ano será de grande volatilidade tanto pela instabilidade financeira quanto por ser um ano de eleições. “Ninguém vai morrer de tédio neste ano”, sentenciou Gianetti.

SAÚDE

Já em sua fala, Margareth Dalcomo lembrou que a história do homem se pauta pelas pandemias, e que o homem tem a chance de sair um pouco melhor da crise, olhando para o outro. “A pandemia nos lembrou que outras podem vir. Eu tenho medo de epidemias, porque o homem trata muito mal o planeta. O maior celeiro da doença não é a China, mas a Amazônia, de onde pode sair a próxima pandemia global”, antecipou Dalcomo, lembrando que tivemos uma epidemia de febre amarela em zona urbana por conta da queda da barreira de florestas.

Ela reforçou ainda que a atual epidemia é de transmissão respiratória, que se interrompe pela vacina, que foi resolvida pelo homem, sem burlar nenhuma etapa, com quase duas dezenas de vacinas sendo desenvolvidas em menos de um ano.

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