Notícias | 10 de julho de 2020 | Fonte: CQCS

Economia está em fase de recuperação

Nessa quinta, dia 9, a CNSeg promoveu o webinar “Análise de Indicadores Econômicos Recentes e o Setor de Seguros”. Márcio Coriolano disse que o objetivo do encontro é agregar informações e análises sobre a dimensão geral econômica do país e, em particular, “o desempenho e perspectivas do mercado de seguros”, disse.

Ele lembrou que o mercado de seguros é um setor muito regulado que sofre propostas de toda natureza dos poderes executivo, legislativo e judiciário.

O economista do comitê de estudos de mercado da CNSeg, Pedro Simões, falou da situação econômica atual com a pandemia. Ele disse existir uma onda de otimismo com os sinais de recuperação emitidos pela economia. “Tem sido injetado algum otimismo por conta das possibilidades de vacinas. Os protocolos de atendimento têm melhorado e, ao mesmo tempo, tem a chance de uma segunda onda, mas com esse conhecimento que temos agora, o fechamento completo da economia é pouco provável”, afirmou.

Ele disse ainda que, apesar do aumento de casos e a ocorrência de uma segunda onda de contaminação – “Está ficando claro que já há uma segunda onda nos EUA” – o número de mortes tem caído, mas é prudente esperar pelo resultado das recentes flexibilizações que têm ocorrido. “No cenário atual, de queda de mortes, o esgotamento econômico e psicossocial do isolamento estimula novas métricas”, ressaltou.

De maneira geral, na economia internacional, os dados recentes da atividade econômica no mundo, foram mais favoráveis que o esperado. “A recuperação foi mais rápida do que se imaginava. O próprio presidente do Banco Central americano, o FED disse isso. O timing foi uma surpresa positiva. É bom deixar claro que o cenário é de otimismo, mas se tem muita incerteza”, disse o economista.

Pedro Simões disse ainda que no Brasil, o fundo do poço foi no mês de abril. “Maio já registrou um crescimento de 7% que não recompõe as perdas de abril”, alertou.

Coriolano disse que abril também foi o pior mês para o mercado de seguros mostrando que o setor tem relação direta com a produção industrial do país. “O grande desafio que temos é esse: qual grau de granularidade que é preciso para orientar os negócios? Quais são as perspectivas dos agentes econômicos e politicamente também? Essa sopa de indicadores e análises pode nos garantir conhecimento do setor”, ressaltou.

Pedro apresentou outros índices que mostram que a recuperação da economia está acontecendo mas é muito heterogênea. “O setor de material de construção, por exemplo, tem resultado positivo. É um setor onde as coisas estão acontecendo bem. Muitas pessoas estão em casa e aproveitam para antecipar obras, o mesmo aconteceu em algumas lojas e restaurantes que aproveitaram o período fechado para antecipar obras necessárias”, analisou.

O professor de economia Luiz Roberto Cunha também participou da apresentação e disse que a economia brasileira está em um processo de ajuste e criou uma tendência. Ele ressaltou que havia uma decisão de controle de gastos que havia sido tomada já no governo temer, mas que a crise sanitária tem feito o governo gastar. “Temos uma emergência que muda a trajetória”, ressaltou.

Pedro mostrou que o país deve ter um déficit fiscal e que o relatório Focus aponta uma expectativa de queda do PIB de 6,9%.

No mercado de seguros, o economista apresentou análises que apontam quedas em carteiras como seguro viagem e seguro auto e um interesse do consumidor por produtos de previdência como VGBL.
Coriolano disse que em maio houve uma arrecadação grande de VGBL. “Supomos que seja um efeito da insegurança das pessoas em relação aos ativos que se pode aplicar e o VGBL tem dupla função: ativo financeiro e proteção de longo prazo”, afirmou.

Pedro lembrou que a queda dos juros fez com que as pessoas procurassem outras alternativas de investimento.

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