Para alcançar um trânsito seguro é necessário conhecer as leis e orientar a sociedade a respeitá-las. Usualmente atribuímos essa responsabilidade aos motoristas, mas na data em que diversas cidades ao redor do mundo celebram o Dia Mundial do Pedestre, em 8 de agosto, é preciso lembrar que quem está a pé também tem deveres e pode cometer algumas imprudências no trânsito.
Muitos pedestres não utilizam a faixa adequada para atravessar e cruzam a rua sem conferir as direções do trânsito. Essas são algumas das principais causas dos acidentes com pedestres, apontadas pelo soldado do Corpo de Bombeiro Gláuber Fraga, em entrevista publicada pelo jornal Estado de Minas, nesta quarta-feira. Só em Minas Gerais, a corporação registra, diariamente, uma média de 6,3 atropelamentos causados por carros, caminhonetes, motos, ônibus e caminhões.
Ao mesmo tempo, é preciso destacar as dificuldades dos pedestres em utilizar as vias públicas para caminhar, seja pelas condições ruins das calçadas ou pela falta de cortesia dos motoristas, que muitas vezes não respeitam as sinalizações e também não dão preferência a quem está a pé. Segundo dados do Detran/MG, o número de multas a motoristas que infringiram as leis de trânsito em 2018 no estado sofreu um aumento de 71% comparado ao mesmo período (de janeiro a junho) do ano anterior.
Além da conscientização, por meio de ações educativas de entidades como a BHTrans e iniciativas como o programa Trânsito + Seguro do SindSeg MG/GO/MT/DF, outras soluções podem ser pensadas por prefeituras e órgãos regulamentadores para melhorar o trânsito para os pedestres. Reformas de calçadas, revisão do tempo semafórico, implantação de ilhas de refúgio e mais faixas, como apontou a coordenadora de Projetos Especiais e Segurança da BHTrans Jussara Belavinha, em entrevista ao EM.