Notícias | 7 de novembro de 2005 | Fonte: Gazeta Mercantil

Denúncias de corrupção nos Correios iniciou crise

Em 14 de maio surgia a primeira denúncia envolvendo uma estatal. O ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios era flagrado numa fita de vídeo pedindo propina para fraudar licitações. Nas conversas, diz agir em nome do então presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson.

Na semana seguinte, outra estatal, desta vez o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), era atingida. A Revista Veja, denunciou suposto pedido de mesada do PTB a diretores da estatal no valor de R$ 400 mil. Por discordar do esquema, segundo a reportagem, o ex-presidente do IRB, Lídio Duarte, teria pedido demissão.

Em junho, Jefferson confirma à Folha de S. Paulo a denúncia do mensalão publicada em setembro do ano passado pelo Jornal do Brasil. Depois, em outra entrevista, diz que o dinheiro viria de estatais, colocando mais uma vez as empresas no epicentro do escândalo.

Um ano antes, a renovação do contrato da multinacional GTech com a Caixa Econômica Federal, a luz do caso Waldomiro Diniz, também era alvo de denúncias. No contexto da crise do mensalão, também freqüentaram o noticiário, além dos Correios e do IRB, a Casa da Moeda. O presidente da Casa da Moeda, Manoel Severino dos Santos, teria sido o segundo maior destinatário, dentro do PT, das verbas repassadas pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. Segundo a listagem entregue à Polícia Federal, foram repassados a Santos R$ 2,676 milhões, entre agosto de 2003 e julho de 2004.

Na última quinta a denúncia envolveu o Banco do Brasil. A CPI dos Correios concluiu que o banco autorizou a Visanet, empresa da qual o BB é sócio e tem autonomia sobre a destinação de 33% do capital, a repassar R$ 35 milhões para a conta da agência de propaganda DNA de Marcos Valério de Souza. Desse total, R$ 10 milhões abasteceram o chamado valerioduto, o que foi desmentido pelos governistas.

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