Notícias | 15 de abril de 2014 | Fonte: Sonho Seguro

CVG-SP e Funenseg discutem teorias, práticas e legislações sobre seguros online e outros meios não presenciais

O auditório da Escola Nacional de Seguros (Funenseg) na Bela Vista foi pequeno para as mais de 130 pessoas que participaram do “Seminário Comercialização de Seguros e Previdência Complementar por Meios não Presenciais”, realizado na última quinta-feira, 10 de abril, em São Paulo (SP). A entrada foi gratuita aos participantes, que colaboraram com latas de leite em pó para doação ao abrigo “Lar Sonho Infantil”.

Promovido pelo CVG-SP em parceria com a Funenseg, o evento trouxe abordagens inéditas sobre o tema, que, como ficou provado nas discussões, ainda gera muitas dúvidas ao mercado. “Quisemos trazer um conjunto de informações, abrangendo tecnologias e suas possibilidades; experiência prática de mercado; ponto de vista jurídico; e, finalmente, a visão do órgão regulador”, disse o presidente do CVG-SP, Dilmo B. Moreira, que coordenou o seminário em conjunto com a gerente de Ensino Técnico da Funenseg, Sonia Regina G. Ribas da Costa.

Em sua palestra, o fundador e sócio-diretor da Minuto Seguros, Marcelo Blay, revelou que desde a criação da corretora, em 2011, jamais realizou uma venda 100% online. “Tentamos, até porque isso traria redução de custos, mas não aconteceu. Em todo o processo de venda existe a interação humana”, disse. Para ele, o sucesso da corretora, ou o “pulo do gato”, como classifica, foi entender “que o atendimento online só funciona com o atendimento humano, por mais paradoxal que seja”.

Questionado pelo debatedor Marcelo de Freitas, diretor adjunto da American Life Companhia de Seguros, sobre o futuro da venda de seguro online, Blay respondeu que a internet ainda será por muito tempo apenas ferramenta – e não canal. “Imagino que somente haverá venda 100% online quando houver cultura do seguro e as pessoas entenderem o que estão comprando”, disse.

A advogada Ivy Cassa, presidente do Grupo Nacional de Trabalho da AIDA-Brasil, trouxe à reflexão muitos questionamentos sobre a norma. Um deles foi sobre como identificar as partes na venda de seguro online. Segundo ela, alguns advogados consumeristas consideram que a internet torna o consumidor vulnerável na medida em que o volume de informação prejudica a escolha do produto adequado. “Excesso de informação não significa informação útil”, disse.

Regina Simões, da área de coordenação de produtos da Susep, comentou sobre os casos em que são necessários o uso de login e senha, bastante questionado pela plateia. Ela orientou que na venda por telefone a confirmação exigida poderá ser feita por reconhecimento de voz (biometria). No ambiente virtual, outra opção é a certificação digital. “No entanto, a única forma de venda de seguro que dispensa a assinatura do segurado é o bilhete”, disse.

Maria Augusta Alves, que também atua na área de produtos da Susep, esclareceu que a opção de certificação digital para a formalização da proposta de contratação segue o mesmo princípio usado pelos bancos. “O correntista não precisa de certificação digital individual, porque utiliza a do ambiente virtual”, disse.

Outras diversas perguntas surgiram na plateia, caso de “como realizar a confirmação de voz em venda por telemarketing” ou “como confirmar a venda por celular”, mas não houve tempo para discussão. No encerramento do evento, Dilmo B. Moreira prometeu juntar todas as perguntas que sobraram e encaminhá-las à Susep para posterior resposta.

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