Notícias | 16 de dezembro de 2005 | Fonte: Monitor Mercantil

Crescimento nominal de 8,5%

Para Fenaseg, 2005 `talvez não seja um ano para lembrar com euforia`

O mercado de seguros, previdência complementar aberta e de capitalização deverá registrar, ao final de 2005, arrecadação total de R$ 65 bilhões, resultado que representará crescimento nominal de 8,5% em relação ao ano anterior.

O mercado deverá devolver à sociedade o montante de R$ 35 bilhões com o pagamento de sinistros, benefícios, resgates e sorteios, 13,8% a mais do que o registrado em 2004. A sinistralidade do setor deverá fechar o ano em 73,9%.

Já as provisões técnicas do mercado, que contribuem para a formação de poupança interna de médio e longo prazo do país, deverão fechar 2005 com montante de R$ 107 bilhões, ou seja, 23,3% a mais do que o verificado em 2004.

As projeções para o fechamento de 2005 foram elaboradas pela G. Tagliavini Consultoria a pedido da Fenaseg, e levam em conta um cenário macro-econômico do país, com variação do PIB em torno de 3,5%, crescimento da inflação de 5,50% até o final do ano, taxa Selic em 18%, e dólar com cotação estimada em torno de R$ 2,40.

`Se olharmos para 2005 com os olhos de cidadão brasileiro, talvez não seja um ano para lembrar com euforia. A crise política concentrou a atenção de toda a sociedade e impediu que cumpríssemos uma agenda positiva em termos de avanços institucionais.

` A análise é do presidente da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização (Fenaseg), João Elísio Ferraz de Campos, ao comentar o desempenho do mercado de seguros ao longo do ano, durante o almoço de confraternização da entidade realizado nesta quarta-feira.

Na sua opinião, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo das previsões `vai nos distanciar ainda mais dos países desenvolvidos e até mesmo piorar a nossa posição entre os chamados países em desenvolvimento.

` Mesmo assim, disse que as seguradoras `continuam demonstrando uma excepcional capacidade de adaptação a novas situações, de ocupar espaços e desenvolver produtos de acordo com a necessidade de seus clientes.`

De acordo com a estatística da Fenaseg, que leva em conta as informações da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e também da Agência Nacional de Saúde (ANS), os investimentos do mercado de seguros, previdência complementar aberta e capitalização, somaram R$ 137,1 bilhões em outubro de 2005. O montante inclui R$ 35,0 bilhões de patrimônio líquido das empresas e R$ 102,1 bilhões de provisões técnicas.

O saldo das provisões técnicas do mercado segurador, que garantem o pagamento das indenizações, resgates e benefícios, registrou um crescimento de 24,3% em relação a outubro de 2004, quando as reservas totalizaram R$ 82,1 bilhões.

Já a arrecadação do segmento registrou expansão de 8,70%, no acumulado de janeiro a outubro de 2005, em comparação ao mesmo período de 2004, tendo saltado de R$ 48,063 bilhões para R$ 52,245 bilhões.

O segmento de Seguros teve uma evolução de 11,67%, com faturamento de R$ 40,464 bilhões. A liderança do mercado, nesse período, continua com os ramos de Automóvel, que registrou crescimento de 16,40%, de Vida, 8,64%, e de Saúde, 11,29%.

Mas os melhores desempenhos ficaram por conta dos seguros de crédito e patrimoniais, que evoluíram 28% e 25,1%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior.

O setor de Capitalização totalizou R$ 5,687 bilhões nos dez primeiros meses de 2005, o que significou evolução de 4,8%. Já o de Previdência Complementar Aberta registrou retração de 4,82%, com arrecadação de R$ 6,092 bilhões.

De janeiro a outubro de 2005, o setor de seguros devolveu à sociedade R$ 19,149 bilhões em indenizações. No ano passado, neste mesmo período, as indenizações em seguros somaram R$ 17,315 bilhões.

A sinistralidade do Segmento fechou os dez primeiros meses do ano em 67,11%, tendo destaque a Carteira de Saúde, cuja sinistralidade alcançou 91,88% no acumulado do ano. [1]

Estão autorizadas a operar no mercado de seguros brasileiro 130 sociedades seguradoras, sendo que destas 34 operam também em previdência complementar aberta e 13 são especializadas em seguro saúde, 16 sociedades de capitalização e 29 entidades abertas de previdência complementar.

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