Notícias | 4 de novembro de 2005 | Fonte: Jornal do Commercio

Crescimento nas seguradoras

Para o superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Renê Garcia, o mercado segurador passa por um momento de grande potencial para a expansão de suas atividades.

O crescimento do PIB em si, a popularização dos seguros, o segmento de previdência privada apontam para grandes chances de expansão em 2005. Só em previdência privada, por exemplo, temos R$ 56 bilhões em reservas e a expectativa é alcançar R$ 100 bilhões até 2006.

Já foram vendidas mais de 2,5 milhões de apólices de seguros de vida popular e estima-se alcançar 10 milhões até 2007 – afirma ele.

Segundo Renê, estudos apontam que o mercado de seguros cresce em média 30% mais que o PIB. `Acho que podemos encerrar 2004 com 3,8% de participação no PIB, ante 3,2% no ano passado. Para 2005, esta participação pode alcançar fácil 4%`, diz.

As regras para os produtos de vida popular foram aprovadas este ano e vêm revolucionando o mercado de seguros. Muitas seguradoras vêem neste nicho uma oportunidade de aumentar suas receitas através do ganho de escala com a massificação dos produtos.

Renê lembra que há muito espaço para crescer no ramo vida. A média de brasileiros com apólices de seguro de vida varia entre 18% e 19%, muito abaixo de países como México e África do Sul. `Podemos alcançar uma participação de 40% em três anos`, aponta o economista.

Um dos principais projetos para 2005, segundo Renê, é a formatação de regras para produtos populares no ramo automóveis, para veículos com mais de cinco anos de fabricação.

As seguradoras apostam neste filão de mercado. Só no Rio de Janeiro, por exemplo, apenas 25% da frota de 3,3 milhões de veículos dos 92 municípios fluminenses têm seguro, o que mostra espaço para o mercado se expandir.

Outro fator que tem contribuído para o desenvolvimento do mercado é o ambiente regulatório, que tem dado mais confiança ao consumidor. `Temos implementado ouvidoria, mecanismo de arbitragem, o que colabora para aumentar o grau de confiança.`

O presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro, Luiz Tavares, classifica-se como moderamente otimista em relação ao desempenho da economia brasileira no próximo ano e não vê obstáculos que atrapalhem este comportamento.(1)

A economia pegou o trem de velocidade e no andar da carruagem não tem nada pela frente que possa prejudicar seu crescimento. As estimativas apontam para uma expansão em torno de 4% no ano que vem, em cima de um crescimento já considerável este ano.

Este é um sinal de que as coisas vão indo bem. O que é positivo para o setor, já que existe uma correlação absoluta entre a renda da população e o consumo de seguros – afirma.

Além da perspectiva de se aproveitar a elevação da renda da população, Tavares lembra que o setor de seguros tem se movimentado em buscar novos segmentos de renda da população e criar produtos que atendam a necessidades novas da população que já tem apólices de seguros.

Para crescer, precisamos de produtos mais baratos, que possam caber no bolso dessa parte da população que não consome seguro hoje, ou criar produtos novos.

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