Os corretores de seguros e as companhias seguradoras independentes (não ligadas a bancos) começarão a discutir no próximo dia 27 uma remodelagem dos planos de previdência complementar privados que permita maior participação destes profissionais na distribuição dos produtos.
Será durante a primeira reunião de um grupo de trabalho especial sobre o tema, criado durante o congresso nacional dos corretores, realizado no início do mês.
A pauta é extensa. Os corretores pedem maior transparência, flexibilidade, cumprimento do prazo de portabilidade, maior divulgação sobre rentabilidade dos fundos e da tábua atuarial utilizada para cálculos das contribuições e benefícios, além da cobertura de risco na venda do VGBL e PGBL.
“Os corretores sabem da potencialidade desse mercado, têm grande interesse em estar inseridos, mas é preciso regras claras”, afirmou A dos Santos, presidente da Federação Nacional dos Corretores (Fenacor).
Segundo diretor de Vida e Previdência da Sul América Seguros, Renato Russo, uma das grandes questões para o grupo de previdência é “aumentar o grau de informação para que se possa fazer comparações entre os diversos planos e não induzir os clientes a erros”. Russo vai participar das discussões como executivo da Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp). (7)
Os corretores contam com um trunfo que é o modelo de atendimento personalizado, diferente dos bancos onde a maior parte das pessoas compra planos de previdência. Pesquisas da Anapp apontaram que 50% das pessoas que compram produtos de previdência complementar nas agências bancárias não sabem exatamente o que estão adquirindo.