O CQCS foi ouvir a opinião de alguns corretores sobre a decisão da Caixa Econômica Federal em vender seguros em casas lotéricas. A instituição conta com uma rede de 13 mil lotéricas e 8,5 mil correspondentes bancários exclusivos. A ideia é que esses pontos sejam usados não só para o recebimento de contas, mas também para a venda de seguros de menor valor e produtos de investimentos.
Para a corretora Aline Bispo, do interior de São Paulo, a decisão é “totalmente descabida”. Segundo Aline, a venda de seguros nas lotéricas vai significar o aumento de profissionais despreparados vendendo no varejo. “Vemos isso em grandes lojas em que os atendentes não sabem explicar o produto que vendem seja seguro residencial ou capitalização”, diz ela. E reforça: “Agora, nós estudamos para nos especializar e prestar um serviço de consultoria para o segurado chegar em uma casa lotérica e ser atendido por uma pessoa despreparada que não sabe nem o que é franquia”, reforçou.
Na opinião do corretor Valmir Elihimas, de Recife, é a força governamental da Caixa que permite esse tipo de situação. “Pessoas despreparadas para atuar com produtos sem pleno conhecimento”, opinou.
Já o corretor Ewerton Ricardo Nogueira acredita que a decisão não vai influenciar no seu trabalho. “A Caixa vai atingir mais pessoas, mas se eu me preocupar com a Caixa vou ter de me preocupar com os demais bancos”, destacou.
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