Após sete meses de investigações no setor de fundos de investimentos dos Estados Unidos, o procurador geral de Nova York, Eliot Spitzer, agora centra suas atenções no segmento segurador, mais especificamente nas taxas e comissões cobradas pelas corretoras de seguros. Entre quinta e sexta-feiras da semana passada, as três maiores seguradoras do mundo – Marsh & McLennan, Aon Corp., e Willis Group – confirmaram ter sido acionadas pelo escritório de Spitzer a fim de oferecer informações sobre os acordos feitos entre companhias e corretoras na venda de apólices. O que as autoridades regulatórias desejam identificar é se os arranjos feitos com relação às taxas e comissões pagas às corretoras pelas companhias de seguros prejudicam de alguma forma os clientes.
De acordo com a Aon e o Willis Group, os acordos de compensação são prática comum e são feitos com o conhecimento dos clientes. Já a Washington Legal Foundation, órgão representativo do setor, admitiu que algumas vezes essa prática é omitida. No mês passado, a administradora de recursos Financial Services, uma unidade da canadense Sun Life Financial Services, concordou em pagar US$ 50 milhões por acordos de compensação selados com cerca de 100 corretoras para vender seus fundos.