Notícias | 10 de outubro de 2016 | Fonte: CQCS

Corretor precisa ter diferenciais para atender cliente que não gosta de conversar

img_5169A relação com o consumidor está mudando  rapidamente e o corretor de seguros precisa estar atento a essas mudanças, principalmente no que se refere aos clientes mais jovens. Em síntese, essa foi a mensagem transmitida para a plateia pelos palestrantes que participaram do painel “Tecnologia – O Consumidor no Comando”, no XVII CONEC, neste sábado (08 de outubro). “Muitos de nós aprenderam a fazer negócios com base em uma relação de confiança, usando o tradicional olho no olho. Mas, os consumidores mais jovens já nasceram com o celular na mão, fazendo negócios pela Internet. O corretor não pode forçá-los a falar com ele. Quem esperar isso vai se frustrar”, afirmou Rafael Caetano, diretor de Canais Eletrônicos na Porto Seguro.

Segundo ele, pesquisa recente da Porto Seguro indicou que a geração mais jovem, com idade variando de 19 a 39 anos, vive 24 horas conectada e prioriza o auto atendimento, muito embora tenha pouco conhecimento sobre o seguro, até pelo baixo uso. “Nesse cenário, o maior desafio para o corretor é estar disponível o tempo todo, ter agilidade e usar uma comunicação objetiva”, aconselhou o Caetano.

Já Guilhermo Bressane, responsável pela área de Finanças do Google, revelou que 12 milhões acessam o buscador do grupo por mês, a procura de informações sobre seguros. Ele destacou que essas pessoas já estão interessadas em contratar uma apólice, o que deve ser levado em conta por profissionais do mercado, especialmente os corretores. “É precisa analisar como captar essa demanda e estar presente de alguma forma nessa prateleira digital”, observou.

No mesmo tom, o especialista em seguros da IBM, Dino Draghy, disse que, para melhor atender aos jovens consumidores, que “não querem falar com ninguém”, o corretor de seguros precisa passar o máximo de informações possível, independente do canal usado para falar com cliente. “É importante ter diferenciais, algo a agregar, personalizar o serviço, oferecer conteúdo”, sugeriu

Por sua vez, o corretor Marcelo Blay, membro da Comissão de Tecnologia do Sincor-SP, assegurou que é inviável realizar uma venda de seguros 100% on line. “o atendimento off line é indispensável para esclarecer dúvidas do cliente”, afirmou.

Diretor Executivo da Minuto Seguros, especializada na venda on line de apólices, Blay declarou ainda que os clientes que estão chegando agora no mercado de seguro, muitos deles atraídos pelo canal eletrônico, têm pouco conhecimento sobre o mercado, o que aumenta a duração das ligações recebidas no atendimento off line. “São necessárias até cinco ligações e 10 dias para se fechar o contrato”, concluiu.

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