Bahia e Minas rejeitaram a proposta apresentada no dia 27 de maio pela Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg).
A Abramge (Associação Brasileira de Empresas de Medicina de Grupo) é contrária à apresentação de uma proposta de reajuste linear para a tabela de consultas e honorários médicos. Segundo o presidente da Abramge, Arlindo de Almeida, o reajuste tem de ser negociado por empresa.
A Bradesco Saúde e SulAmérica Saúde já definiram o reajuste, a partir de 1° de julho, nos valores das consultas e honorários médicos clínicos e cirúrgicos para os planos individuais e coletivos.
O Conselho Federal de Medicina anunciou que vai inaugurar um disque-denúncia de planos de saúde. Será um serviço do tipo 0800. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) –que autoriza os reajustes do setor– informou que não pode interferir nas negociações sobre preços de serviços entre médicos e operadoras. Segundo a ANS, o setor de saúde é privado e não é atribuição do governo interferir na política de preços das operadoras em relação aos médicos conveniados.
Segundo a Fenaseg –que representa as seguradoras de saúde–, a sua proposta apresenta o início da adoção da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) e incorporação dos novos procedimentos médicos. “A Fenaseg fez um esforço máximo no sentido de melhor atender as reivindicações dos médicos sem onerar as mensalidades”, disse diretor de saúde da Fenaseg, Otelo Corrêa dos Santos Filho.
Enquanto não há uma definição concreta, os médicos continuam o movimento em defesa do reajuste da tabela de prestação de serviços da categoria. Por enquanto, os médicos ainda não se recusaram a atender os pacientes. No entanto, o atendimento passou a ser cobrado.