Notícias | 4 de outubro de 2018 | Fonte: CQCS | Sueli Santos

Conheça as propostas do mercado de seguros para o próximo Presidente da República

O mercado de seguros é um dos aliados de uma economia saudável e forte. Pela sua importância econômica e social, representantes do mercado de seguros sempre defendem que os dirigentes do país deveriam ter o setor como aliado para o desenvolvimento do país. A  Confederação das Seguradoras (CNseg) preparou um documento que foi entregue aos candidatos à eleição presidencial chamado “Propostas do Setor Segurador Brasileiro aos Presidenciáveis – 2018”. O documento foi tornado público na manhã dessa quarta-feira, dia 3, durante entrevista coletiva na sede da entidade, no Rio de Janeiro.

Participaram da coletiva Márcio Coriolano, presidente da Cnseg, Edson Franco, presidente da FenaPrevi, Solange Beatriz, presidente da FenaSaúde, Carlos Alberto Corrêa, representante de Marcos Renato Coltri, presidente da FenaCap, e Alexandre Leal, diretor técnico da CNSeg.

Os dirigentes explicaram as propostas do setor e reforçaram que não há preferência por nenhum dos candidatos. Coriolano afirmou que a entidade não vai entrar no mérito da discussão política e que a entidade já fez esse movimento de apresentar propostas em outros momentos. “A convicção que nós temos é que quem quer que seja o presidente ou o congresso nacional não vai poder deixar de tratar essas questões como infraestrutura, reforma previdenciária, proteção social ou seguro rural”, disse ele.

Coriolano disse ainda que diferente de outros segmentos, o mercado de seguros não tem a “bancada da seguradora”. “Nosso objetivo é ter uma articulação para apresentar projetos que possam apresentar propostas que ajude a sociedade brasileira como um todo, sem priorizar um setor específico”, disse.

Durante a apresentação das propostas, Coriolano lembrou que o setor de seguros dispõe de ativos para garantir os riscos assumidos na ordem de R$ 1,2 trilhão, montante que posiciona o setor de seguros entre os grandes investidores institucionais do país. Por isso, o dirigente defende que o mercado de seguros está pronto para colaborar diante dos grandes desafios que devem surgir no futuro do país. “O setor segurador é parceiro ideal para concretizar a agenda social e econômica do novo governo porque pode desonerar o orçamento do Estado pela oferta e manutenção de produtos com coberturas assistenciais complementares, como os planos de saúde privados e os planos de previdência complementar aberta”, reforçou Coriolano.

Solange Beatriz, presidente da FenaSáude, falou sobre os novos produtos que poderão ampliar o acesso aos planos de saúde. Ela defendeu que seja criado um novo marco legal que possa novos produtos e modelos. “Queremos apostar num formato de atenção básica, no gênero médico de família, e assim quebrar o modelo de excessiva especialização, que gera desperdício e ineficiência”, defendeu.

Já Edson Franco, presidente da FenaPrevi, disse que a reforma da previdência é necessária.  “Sem o encaminhamento da reforma a retomada do equilíbrio fiscal não será possível. O gasto com a previdência e a projeção do gasto futuro em função da longevidade faz a reforma necessária”, enfatizou. Ele explicou que a entidade defende que a reforma seja feita em duas frentes: paramétrica em moldes semelhantes ao que já foi proposto com estabelecimento de idade mínima e o encaminhamento de um estabelecimento de reforma estrutural criando desde já uma nova previdência para trabalhadores a partir de 2005.

Franco também revelou que está sendo feito um estudo pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP (FIPE-USP) para propor uma mudança para a previdência baseada no projeto atual e outra paralela com base em quatro pilares para aprimorar a aposentadoria oficial: um deles com foco assistencial; outro similar ao INSS e com contribuição; capitalização individual, podendo usar parte dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e, por último, o privado. “Além disso, temos o desafio de ajudar a desafogar o Sistema Único de Saúde, dando condições aos aposentados para ficar na saúde privada”, comentou.

As propostas do setor para os presenciáveis também contemplam o segmento de capitalização. De acordo com o diretor-Executivo da FenaCap, Carlos Alberto Corrêa, as propostas apresentadas visam a criação de novos produtos de capitalização para promover a elevação aos índices de poupança interna e ampliar os benefícios oferecidos pelos títulos de capitalização. Entre esses produtos, o de filantropia premiada, que permitiria que a pessoa doasse os recursos acumulados no plano de capitalização para alguma entidade beneficente.

Em relação aos seguros inclusivos, voltados à população de mais baixa renda, o diretor Técnico da CNseg, Alexandre Leal defendeu alguns incrementos na regulação da Susep que permitam a comercialização dos produtos relacionados nos mesmos canais utilizados pelo mercado financeiro, além de isenção de IOF e de outros tributos.

A íntegra do documento “Propostas do Setor Segurador Brasileiro aos Presidenciáveis – 2018” pode ser vista em: https://goo.gl/Djfdfz

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