“No Brasil, a taxa de corretagem é alta, acima da média mundial, e o consumidor precisa saber o que está pagando”. A afirmação foi feita pela superintendente da Susep, Solange Vieira, ao ministrar a aula magna dos cursos de graduação e pós-graduação da Escola Nacional de Seguros (ENS), em São Paulo, no final da semana passada.
Segundo ela, a Susep vai atuar “para que o mercado tenha mais concorrência e transparência”. Os comentários foram feitos no momento em que Solange Vieira comentava as mais recentes ações da autarquia. A superintendente da Susep explicou ainda a decisão da autarquia de liberar o uso de peças novas, originais ou não, nacionais ou importadas ou mesmo usadas nos casos de sinistros com carros segurados, com base em parecer jurídico da Procuradoria. “A Susep espera que haja variação de preços de acordo com a origem das peças e que isso possa aumentar a venda de seguro”, assinalou.
Solange vieira assinalou que a medida pode ajudar o setor a conter o avanço do mercado paralelo, fazendo alusão às associações de proteção veicular.
Ela destacou também que, com a norma para o seguro intermitente, a contratação pode ser feita por minuto ou até por local, caso dos veículos em rodovias. “O seguro vai ficar mais barato”, comemorou.
Por fim, Solange Vieira observou que a Susep também está se preparando para as transformações no setor. Para tanto, foi criada uma área de TI com status de diretoria. Com isso, será possível, por exemplo, que as autorizações passem a ser eletrônicas. “A Susep está fazendo a sua parte e o mercado tem de fazer a dele, que é se automatizar”, asseverou.