Notícias | 6 de novembro de 2018 | Fonte: Jornal do Comércio via Seguro Gaúcho

Combate ao mercado marginal une entidades estaduais e federais

Conforme Guacir de Llano Bueno, presidente do SINDSEGRS, empresas ludibriam o consumidor

A preocupação em combater o mercado paralelo de seguros é uma das missões das entidades de classe e das seguradoras.

O crescimento e fortalecimento de associações e cooperativas, cujas atividades incluem a comercialização de produtos que prometem se assemelhar às coberturas prometidas pelas seguradoras, porém com um preço bem abaixo do mercado, vem sendo combatido pelo Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (SindSeg-RS) juntamente com a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Neste mês, a Susep passou a divulgar através de seu site uma lista com as empresas, tanto nacionais quanto estrangeiras, que foram identificadas e multadas por não possuírem autorização da superintendência para atuar na venda desses produtos.

Além da proteção veicular, de maior procura pelos interessados – estima-se que dois milhões de brasileiros optem por essa modalidade – foram identificadas atividades no ramo de seguro de vida, auxílio-funeral, dentre outros.

Para o presidente do SindSeg-RS, Guacir de Llano Bueno, quem opta por sair do mercado tradicional pode ter uma dor de cabeça na hora de requerer a indenização, por conta da falta de capital dessas empresas para honrar compromissos, ou até mesmo com o sumiço dos administradores, deixando à deriva os sinistrados. “A Susep cobra das empresas reguladas uma série de exigências impostas a partir de estudos, para controle de riscos e fraudes. O que as empresas à margem fazem é algo rudimentar”, afirma Bueno.

O líder da entidade gaúcha percebe que as vendas são feitas como se seguros fossem, “a fim de ludibriar os consumidores” e, por consequência, geram prejuízo de credibilidade para as empresas autorizadas, pois, segundo o presidente, quando esses clientes sofrem com prejuízos não percebem que se tratam de empresas sem a devida autorização.

“Na hora do sinistro, esses administradores não honram com seus compromissos, ou os fazem pela metade, e a maledicência, desconfiança, recai sobre o mercado inteiro”, explica. A entrada de mais consumidores no mercado segurador regulamentado geraria alguns efeitos positivos, na visão de Bueno.

O primeiro deles é a redução dos valores, uma vez que quanto maior o número de segurados contribuintes, maior será o caixa da empresa e, por conseguinte, haverá maior condição de honrar com as indenizações. O outro ponto é garantir totalmente a seguridade do cliente e apresentar um produto no qual estará certo que, se precisar, terá a cobertura integral.

Para isso, o SindSeg-RS trabalha na divulgação das empresas não regulamentadas e as denuncia para a Susep, a fim de que ela tome medidas cabíveis junto ao Ministério Público.

Foto: CLAITON DORNELLES – Jornal do Comércio

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