Confira a entrevista de Erika Medici CEO da AXA no Brasil, uma companhia 100% Corretor de Seguros.
Como se sente em suceder uma CEO e ficar marcada na história do mercado de Seguros?
O que acho muito importante dizer que é um reconhecimento profissional para mim, mas entendo que a mensagem mais forte é a de confiança no time do Brasil, na liderança e na proposta de valor que temos para o mercado brasileiro, que está entre os seis países prioritários para a expansão global da companhia. É muito significativo ser a primeira CEO brasileira dessa operação e suceder outra mulher que deixou um legado para a companhia e a crença de que é possível transformar e vencer.
Você acredita que AXA ganhe uma admiração ainda maior por ter anunciado a segunda mulher como CEO?
Eu gostaria que, mais do que admiração, isso seja um exemplo. Não de que é preciso contratar apenas mulheres, mas que é preciso ter uma seleção que contemple a equidade, que avalie de forma igualitária as competências de homens e mulheres sem olhar para o gênero. E que também inclua na pauta a diversidade em todas as suas formas!
O que você fez para alcançar o sucesso no mercado de seguros?
Muito trabalho, muita dedicação, muito aprendizado. Sou formada em estatística e me orgulho muito da minha trajetória. Eu comecei cuidando de produto e pricing e ao longo da minha carreira fui assumindo novos desafios e já passei por diversas áreas de uma seguradora, em 18 anos de carreira. Minha última posição antes de me tornar CEO foi a liderança comercial do time da AXA, onde passei por uma transformação pessoal e profissional muito bacana: expandir o meu leque de relacionamento com o mercado, com as equipes, me transformou como pessoa. Essa crença foi importante para eu estar aqui hoje, para ajudar o time a entregar o seu melhor.
Em algum momento da carreira já enfrentou dificuldades ou preconceito por ser mulher?
Em nenhum momento me vi limitada mas, ao longo de muitos anos de carreira, sempre trabalhei em ambientes com predominância de homens. Isso não chegou a impedir meu desenvolvimento, no entanto, desde que estou na AXA percebo uma realidade diferente, entendo hoje quanto a diversidade pode impactar o negócio positivamente, o quanto é relevante a diversidade de pensamento para ter um ambiente de trabalho mais engajador e capaz de produzir melhores resultados. Embora nunca tenha me sentido prejudicada vejo que é essencial abrir oportunidades para que mulheres mostrem o que tem a oferecer. Isso sim é equidade de gênero.
Quais conselhos você daria para as mulheres que estão entrando agora no setor segurador?
Acreditem, se desafiem, deem o seu melhor. Confiar no próprio potencial e conhecimento é super importante para abrir portas e criar uma trajetória de sucesso. O mercado está se transformando, o momento é agora.
Como você enxerga o futuro do mercado com as mulheres assumindo mais cargos de liderança?
Como falei antes, a diversidade de pensamento impacta de forma muito positiva os resultados de uma companhia. E aqui, novamente, não falamos somente de gênero, mas de LGBTQI+, de raça, de inclusão de pessoas com necessidades especiais, de gerações. Vejo um mercado mais aberto, com ideias mais criativas, que entrega soluções e tem iniciativas mais plurais e integradoras.
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