Notícias | 17 de novembro de 2017 | Fonte: Márcia Alves

CCS-SP recebe o vice-presidente Executivo da Porto Seguro para uma conversa com os associados

Disposto a estreitar o relacionamento com os corretores de seguros, Roberto Santos expos sua opinião sobre os principais temas em debate, atualmente, no mercado.

Quem é o que pensa Roberto Santos. O atual vice-presidente Executivo da Porto Seguro, que se prepara para assumir a presidência da seguradora no próximo ano, fez questão de se apresentar aos associados do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP), bem como de expor as suas ideias sobre temas que estão na agenda do dia do setor, no almoço realizado na última segunda-feira, 13 de novembro, no Circolo Italiano. “Essa é uma oportunidade para vocês me conhecerem melhor e saberem o que penso”, disse. Ele acrescentou que sua gestão pretende direcionar o foco da empresa aos clientes, segurados e corretores de seguros. “A intenção é aumentar a proximidade com esses profissionais”, disse. Roberto Santos_1

 Roberto Santos, que veio ao evento acompanhado do diretor Comercial Rivaldo Leite, narrou sua trajetória profissional de 37 anos no mercado segurador, relacionando as seguradoras em que atuou, ora na área técnica, ora na área comercial. Desde 2003 na Porto Seguro, ele foi responsável pela marca Azul Seguros, ajudando a construir sua estratégia de crescimento, e, posteriormente, diretor de Operações, nas áreas de saúde e odonto. No ano passado, assumiu a área de riscos financeiros e patrimoniais até meados de junho, quando foi convidado para a vice-presidência Executiva, já com o propósito de ocupar a presidência no próximo ano. Ele substituirá Fabio Luchetti, que ocupou o cargo por doze anos. “Confesso que o convite foi uma grande surpresa e que senti uma forte emoção ao aceitá-lo”, disse.

 Sem um tema específico, o executivo denominou sua palestra de “Conversa com Roberto Santos” para mostrar aos corretores de seguros sua posição diante de diversas questões atuais. Antes, porém, apresentou os resultados da Porto Seguro neste ano, que, apesar da crise, conseguiu crescer 10%. Ele reconheceu que o ano também foi difícil para empresa, que teve redução de itens segurados no ramo automóvel e crescimento de 2,26% em comparação a 2016. Em compensação, a Porto Seguro, que já não é mais uma seguradora predominantemente concentrada no ramo automóvel, tem obtido resultados expressivos nas áreas de riscos patrimoniais, financeiros, seguro de vida e outros. “Hoje, o automóvel representa menos da metade de nosso lucro”, disse. A seguradora encerrou o terceiro trimestre do ano com R$ 385 milhões de lucro líquido.

 Um dos assuntos que Roberto Santos escolheu para conversar com os corretores foi o futuro do seguro automóvel. Ao contrário do que se prega em diversos debates do setor, ele acredita que o seguro automóvel não vai acabar, mas se reinventar. A princípio, a tendência será a queda no risco de roubo a partir de novas tecnologias embarcadas nos veículos, como a leitura de retina, biometria etc. Também é esperada a redução no risco de colisão com uso de sensores de distância, piloto automático e até carro autônomo, embora este último ainda demore a se popularizar. “O fato é que a redução dos riscos de roubo e colisão também diminuirá o prêmio médio do seguro. Mas, por outro lado, tornará o seguro mais acessível para os 70% da frota nacional que não tem seguro”, disse.

 Sobre o seguro na era digital, outro tema bastante debatido no momento, Roberto Santos tem claro que não se resume à venda pela internet, como muitos acreditam, mas ao processo de venda com o uso de tecnologias que contemplem a jornada do cliente. “Precisamos colocar o segurado no centro das decisões e mudar modelo de produto para costumer centricity, que cria novos vínculos com os consumidores”, explicou. Nesse sentido, sua dica é o autosserviço e o autoatendimento como peças-chaves. “Não dê tarefa ao cliente, ele detesta”. Esta frase foi captada em um dos testes da empresa com não segurados. De acordo com o executivo, a Porto Seguro está criando uma governança de atuação para todas as suas iniciativas digitais, com a nova figura do CDO – Chief Digital Officer, uma espécie de diretoria digital que fará um inventário de todas as ações da empresa nessa área. Roberto Santos_2

 Em relação à sua gestão, Roberto Santos adiantou que será conduzida a partir de uma visão quadrimembrada, um termo emprestado da antroposofia, que, aplicado às organizações, divide as empresas em quatro níveis. Ilustrada na forma de pirâmide, o primeiro nível é o de recursos (prédios, equipamentos, capital); o segundo, processos e fluxos; o terceiro, relações (recursos humanos); e o quarto e último é a identidade da empresa. Segundo o executivo, seu foco de atuação se dará nos níveis dois e três. “Nos processos, que envolve desde a contratação do seguro até a liquidação do sinistro, é preciso retirar a complexidade e simplificar. Já no nível de relações, uma das prioridades é aumentar a proximidade com o corretor”, disse. Outra meta, traçada desde 2013, é que até 2020 a Porto Seguro esteja no cotidiano das pessoas, proporcionando bem-estar e felicidade a todos com quem se relaciona. “Leve, saudável e mítica”, resumiu.

 Homenagens

Durante o evento, o mentor do CCS-SP, Adevaldo Calegari, prestou duas homenagens. Uma delas ao associado João Urdiales Gongora, que completou 60 anos de carreira na área de seguros. “Poucos atingem essa marca. João, obrigado por estar sempre conosco”, disse. Em nome da diretoria e dos associados, Calegari também homenageou a memória do ex-mentor Luis López Vázquez, falecido no dia 1º de outubro, lembrando passagens de sua trajetória profissional e realizações na área da disseminação da cultura do seguro. Emocionado, o mentor solicitou um minuto de silencio e, em seguida, destacou o privilégio de ter convivido com Vázquez. “Deixo aqui o meu forte abraço a esse saudoso guerreiro”.

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