Notícias | 29 de junho de 2004 | Fonte: Jornal de Brasília

Carga tributária foi um grande peso no bolso

A carga tributária pesou no bolso dos brasileiros nestes últimos dez anos. Gilberto Amaral, do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), fez as contas e concluiu que a carga em relação ao Produto Interno Bruto, subiu de 28,61%, em 1994, para 36,11%, no ano passado. A arrecadação do governo cresceu no mesmo compasso, aumentando de R$ 136,7 bilhões para R$ 546,9 bilhões no mesmo período.

Segundo o tributarista, não tem no mundo registro de um crescimento tão grande. “Para a população, em termos fiscais, esse período foi muito ruim. Ninguém aguenta um crescimento da carga tributária de 1 ponto percentual ao ano”, afirma Amaral.

De acordo com o presidente do IBPT, essa foi a política adotada pelo governo Fernando Henrique Cardoso para administrar os altos gastos da administração pública. “O brasileiro hoje não tem a inflação de preços. Mas tem de pagar pela inflação da tributação. E, por isso, está cada vez mais pobre, até porque a inflação não foi totalmente dizimada”, constata.

Os tributos federais são os que mais atingem os brasileiros. Em 1994, eram responsáveis por 71,82% da arrecadação total. Em 2003, caíram para 70,36%. Atualmente, os tributos estaduais, respondem por 24,44%, e os municipais por 4,2%.

Os desequilíbrios financeiros internacionais afetaram e afetam a performance do governo brasileiro e de outros países. No início do governo FHC houve a crise mexicana, que forçou o governo brasileiro a tomar medidas defensivas dolorosas ? por exemplo, a elevação das taxas de juros. Sucessivamente, outras crises internacionais trouxeram transtornos para a nossa economia.

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