Notícias | 26 de setembro de 2019 | Fonte: CQCS | Carla Boaventura

Brasil é terra fértil para mercado de insurtechs

O site Valor Econômico informa que o Brasil é um dos mercados que mais consomem no mundo, mas, por outro lado, possui uma baixa distribuição de seguros. Essas duas informações tornam o país um mercado extremamente atrativo para investidores e empreendedores de insurtechs, como são conhecidas as empresas inovadoras que aliam tecnologia a seguros.

Partindo desse princípio é que gestores de fundos de venture capital e empreendedores compareceram ao ITC InsureTech em Las Vegas, no EUA, a maior feira internacional do gênero. No evento, o Brasil foi apontado como uma das mais promissoras fronteiras para o desenvolvimento de um mercado de seguros baseado em tecnologia.

“O que gostamos no Brasil é o tamanho do mercado e o fato de que o governo começou a ter políticas que nos levam a acreditar em uma estabilidade econômica de longo prazo”, foi o que contou Jonathan Kalman, CEO da EOS Ventures Capital, um fundo de capital de risco especializado em empresas iniciantes de seguros.

Prova de que o Brasil é um terreno fértil para esse tipo de negócio, a Plug and Play, uma das mais importantes aceleradoras de startups do Vale do Silício, nos Estados Unidos, com presença em 26 países, vai iniciar um novo programa de aceleração de insurtechs no Brasil em novembro. Segundo Gonzalez, “a ideia é lançar um programa completo em 2020, com cinco grandes empresas e acelerar entre 20 e até 40 startups”.

O codiretor de insurtechs da aceleradora global Plug and Play, Eugenio Gonzalez, afirma que “o Brasil torna os outros mercados muito pequenos em comparação: é quatro vezes maior que a Argentina e quase três vezes o México”.

Ainda de acordo com o Valor, após o lançamento, o programa brasileiro será o sétimo da aceleradora no mundo, junto com as operações em Cingapura, em Pequim, na China, em Tóquio, no Japão, em Munique, na Alemanha, em Nova York e no Vale dos Silício, nos Estados Unidos.

Outra companhia interessada no que o Brasil pode oferecer no ramo de insurtechs é a Cambridge Mobile Telematics (CMT). A startup, de acordo com o Valor, é especializada em telemetria para direção automotiva  e acabou de receber US$ 500 milhões em investimento do japonês Softbank, um dos maiores investidores globais em empresas de tecnologia.

Conforme o CEO, Willian V. Powers, há grandes mercados emergentes em termos de quantidade de pessoas e o Brasil é um dos principais. “Nós já trabalhamos com multinacionais que têm atuação no Brasil e acho que estamos bem posicionados para ajudar a mobilidade no país e na região”.

Já o criador e chairman do ITC InsureTech Connect, Caribou Honig, afirmou estar surpreso com o tamanho da delegação do Brasil que desembarcou em Vegas para o evento. “Estou realmente impressionado com o número de pessoas [do país] que estão aqui”, afirma. O Brasil enviou a terceira maior delegação da feira, com 158 integrantes, atrás apenas dos Estados Unidos e Canadá.

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