Os bancos estão assediando os seus correntistas que são também segurados de corretores de seguros, no momento em que se dirigem até a agência para solicitar a liberação do débito em conta visando o pagamento do seguro. Segundo relatos de profissionais que fazem parte dos grupos do “Bom dia, Seguro!” (grupo do CQCS no Whatsapp), o problema vem ocorrendo com certa frequência em diferentes instituições.
Ouvidos pelo CQCS, os corretores rebateram com veemência essa prática e denunciaram a falta de ética de gerentes. É o caso de Rodrigo Faria, da F4 Corretora de Seguros, que recentemente chegou a formalizar uma reclamação contra um gerente do banco Itaú, em Juiz de Fora (MG): “A cliente foi na agência para pedir auxílio do gerente, que ofereceu uma proposta da Itaú com as mesmas coberturas e preço um pouco menor. A segurada nos procurou e argumentamos que a diferença no preço era relativa à qualidade na prestação do serviço. Ela aceitou e ainda reafirmou a confiança em nosso trabalho. Pegamos nome do gerente e formalizamos a reclamação na ouvidoria do Itaú. Pouco depois, o próprio gerente nos pediu desculpas”, relata Faria.
Ele aconselha a todos os profissionais que enfrentam o mesmo problema a agirem de forma idêntica, recorrendo à ouvidoria do banco. “Hoje, os bancos prezam muito por sua imagem no mercado e um evento desse tipo afeta essa imagem. Então, recorra sempre e, se possível, em parceria com a seguradora”, sugere Rodrigo Faria.
Já o corretor Ronei Guarnieri da Guarnieri Corretora de Seguros, vem notando um aumento preocupante desse tipo de problema desde o início do ano. Segundo ele, somente na última semana, foram dois casos, um no Banco do Brasil, outro, no Santander.
No Santander, a segurada já estava pagando a 4ª parcela de seguro contratado, em todos os meses, era obrigada a gerar boleto simplesmente porque não conseguia liberar o débito automático. “O gerente chegou a dizer que o problema era da seguradora e tentou convencê-la a fazer seguro na agência”, conta Ronei.
Ele denuncia que o mesmo gerente, utilizando os dados do seguro da correntista, que constam no cartão de assistência 24 horas, entrou no sistema da seguradora, fez a simulação do cálculo e pediu a transferência da corretagem. “Eu recebi com surpresa o e-mail informando sobre a transferência de corretagem. Liguei para a segurada que estava ainda na agência. Consegui contornar. Mas, este ano, já houve cinco casos no Santander”, critica o corretor.
Ronei diz ainda que está “todo mundo enfrentando esse problema”, pois os bancos se aproveitam do fato de muitos clientes não conseguirem fazer pelo aplicativo do banco a liberação do débito em conta. “Parece proposital. O gerente não autoriza o débito para o cliente ir até a agência”, observa, frisando ainda que os gerentes oferecem condições melhores porque reduzem até pela metade o percentual da comissão geralmente paga ao corretor de seguros profissional.
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