A transformação digital mexe com as agências bancárias, que estão sendo reduzidas. Há concorrência entre corretores e bancos. Então, se a agência desaparece, o corretor ganha ainda mais relevância na cidade em que ele está. E o corretor pode fazer muito bem tanto a distribuição de seguro quanto dos serviços financeiros.
A afirmação foi feita pelo head de Seguros do banco C6, Fabio Basilone, em entrevista ao CQCS. Segundo ele, esse processo faz o corretor ganhar mais visibilidade e importância na localidade onde vive. “Há mais de 5,5 mil municípios no País e os corretores de seguros estão em todos”, acrescentou Basilone.Ele assegurou que o C6 não vai fazer bank insurance (com produtos de seguradoras nas prateleiras).
O objetivo é criar soluções próprias e incorporar o seguro envolvendo a máquina do banco no processo.Nesse contexto, o C6 vem fazendo projetos pilotos com corretores de seguros desde 2020, com “resultados excelentes”. Já foram firmados, inclusive, contratos de parcerias com mais de 600 corretores, que estão sendo treinados para comercializar produtos e serviços financeiros.
“A gente entende que o empresário corretor de seguros deve ter, na sua empresa, uma divisão de seguros e outra para produtos financeiros. Alguns corretores já fizeram sociedade para criarem empresas do setor financeiro. Esperamos que o corretor incorpore as ofertas de produtos financeiros para o bem dele e dos seus clientes”, observou o executivo.Basilone acentuou que a ideia é que o corretor ofereça os produtos do banco e das empresas coligadas.
“Queremos que o corretor seja parte do nosso ecossistema, assim como as seguradoras, resseguradoras, empresas de assistência. Queremos todos juntos. Assim, vamos oferecer o melhor atendimento possível para o nosso cliente”, frisou.Entre as metas traçadas para 2021, estão a de aumentar o número de corretores parceiros e a de aprimorar os treinamentos, ajudando o corretor a vender, a contratar e até no processo de remuneração, sem “atrapalhar a relação dele com o cliente”.
O C6 projeta ainda realizar treinamentos em conjunto com entidades de classe. Além disso, foi criada uma equipe de apoio ao corretor, na parte financeira, e as filiais de seguros, que já contam com pessoal técnico de seguro, estão incorporando pessoas do mundo financeiro. A intenção é ajudar o corretor a montar o time dele. “O projeto é ambicioso e bem grande.
O banco já quadruplicou o número de clientes. Em 2021, a gente vai crescer o possível e onde for possível. Estamos fazendo tudo com cuidado e zelo. A tentativa de ter o corretor na distribuição de produtos financeiros não é nova. Já fizeram isso, mas estamos tentando pegar essa experiência passada e criar forma de trabalho a prova de bala”, salientou o executivo.
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