Notícias | 19 de dezembro de 2018 | Fonte: DCI

Baixa adesão de seguradoras limita o crescimento do auto popular no País

Do total de companhias no mercado, apenas duas já oferecem o produto; As expectativas para a modalidade, porém, é de forte aumento em 2019, com o retorno do consumo e da economia

Com baixa adesão por parte das seguradoras, o seguro auto popular tem crescimento limitado e compete com o surgimento de apólices personalizadas no setor. A expectativa, porém, é de que o mercado fique mais aquecido em 2019, com a melhora da economia.

Os últimos dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) apontam que os prêmios diretos da modalidade atingiram R$ 243,9 mil em outubro. O valor é mais do que o dobro ante o observado no mesmo mês de 2017 (R$ 117,7 mil) e corresponde a uma alta de 24,8% ante setembro (R$ 195,3 mil).

De acordo com a sócia e diretora de produtos da Bidu Corretora, Michele Alves, apesar do produto ter um forte apelo para atração dos clientes, a falta de adesão das seguradoras na oferta tem dificultado sua expansão.

Do total de seguradoras existentes no segmento, apenas duas oferecem o produto: a Tokio Marine (com 73% de share do auto popular no mercado) e a Azul Seguros (do grupo Porto Seguro).

“Apesar de o produto ser atrativo por conta do preço menor e do foco em pessoas que normalmente não conseguem um seguro por conta da idade do veículo, o acesso ao auto popular é bastante limitado. Principalmente porque ainda não há nenhum movimento dos outros players de ingressar nessa oferta”, afirma Alvez, da Bidu Corretora. A tentativa da Susep e do mercado em emplacar o auto popular já acontece há quase uma década, por exemplo.

Segundo o gerente de desenvolvimento de produção da Azul Seguros, Marco Lo Russo, porém, a crescente confiança do consumidor, bem como o envelhecimento da frota em um momento de retomada pós-crise devem impulsionar não somente uma demanda maior em 2019, como também pressionar por concorrência.

“Os corretores já começam a vir com mais pedidos desse tipo de seguro porque o cliente continua querendo qualidade, mas demanda um preço menor”, comenta o executivo.

Além disso, o diretor de automóveis da Tokio Marine, Luiz Fernando Padial, complementa que a expectativa da seguradora é de que “2019 seja um ano de completo amadurecimento do produto”.

“Esperamos fechar janeiro com R$ 500 mil em novas vendas, até porque ainda trabalhamos com menos de 20% do universo possível no mercado. Será um ano de consolidação”, diz.

Personalização

Quanto a maior competição que a personalização de produtos tem trazido ao auto popular, os executivos ponderam já estar na “vanguarda” do movimento. “O foco é configurar o seguro de forma que o cliente tenha a melhor proposta com o melhor preço ao seu perfil”, conclui Lo Russo.

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