Notícias | 8 de agosto de 2003 | Fonte: Jornal do Commercio

Assurê e Acordia criam empresa para operar no resseguro

O mercado da colocação no exterior de riscos excedentes, não cobertos no País, tem mais um concorrente de peso, fruto da parceria firmada entre a corretora brasileira Assurê e a norte-americana Acordia Re, do grupo financeiro Wells Fargo. O negócio resultou na criação da Assurê Internacional, que vai operar em todos os ramos de seguros, com representação exclusiva da Acordia no Brasil.
Segundo o diretor executivo da nova empresa, Sérgio Viola, o IRB Brasil Re deverá concluir nos próximos dias o cadastramento da Acordia para operar no mercado interno, através da sua representante. “Vamos utilizar a experiência da nossa parceira para colocar os riscos excedentes brasileiros no mercado internacional em condições mais favoráveis”, diz o executivo, acrescentando que, em 2002, a Acordia faturou, em comissões, US$ 750 milhões, atuando no seguro e no resseguro.
Sérgio Viola comenta a demora do Governo em abrir e regulamentar a abertura do mercado de resseguros no Brasil não tem causado problemas para a colocação de riscos brasileiros no mercado internacional. Ele observa que, na verdade, mesmo com o monopólio, a experiência brasileira é até melhor que a média registrada no exterior.
“O IRB vem apresentando bons resultados operacionais, ao contrário das resseguradoras estrangeiras, que, tradicionalmente, só contabilizam lucratividade devido aos ganhos das aplicações financeiras, graças ao tamanho de suas reservas”, destaca Sérgio Viola, que foi funcionário de carreira do IRB, onde ocupou cargo de diretor.
Preços
Com relação às taxas praticadas no exterior, que tiveram um grande aumento depois dos atentados terroristas nos Estados Unidos, no fatídico 11 de setembro, de 2001, ele diz que tal comportamento é normal e que, como ocorreu outras vezes, logo haverá uma reversão de preços.
A Assurê pertence ao presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (Sincor-RJ), Henrique Brandão, e a Acordia Re é controlada pelo grupo financeiro Wells Fargo, um dos maiores da Califórnia.

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