Notícias | 24 de novembro de 2021 | Fonte: CQCS

CQCS Insurtech & Innovation marca retomada de eventos no setor e traz assuntos relevantes sobre inovação

Com mais de 1000 pessoas presentes, a manhã do primeiro dia do “CQCS Insurtech & Innovation”, maior evento de inovação em seguros da América Latina e um dos principais do mundo, foi marcada por palestras sobre alguns dos assuntos mais relevantes em inovação: “Inteligência Artificial para Solução de Sinistros”, tema abordado pelo executivo francês Jeremy Jawish, CEO da Shift, com apresentação de Murilo Setti Riedel – CEO da HDI Seguros; “Antecipando o Futuro do Seguro”, a cargo da norte-americana Kassie Bryan, da Swiss Re, e apresentação de Katia Miyaki, head P&C Solutions Latam da Swiss Re; e “Previsões para 2022 no Mercado de Investimento de Risco em Insurtechs”, questão analisada pelo norte-americano Jonathan Kalman, CEO da EOS Venture Partners, e apresentação de Fábio Dragone, diretor de Inovação da Bradesco Seguros.

Na abertura da palestra sobre inteligência artificial, Murilo Riedel, destacou que o mercado brasileiro vem investindo forte em inovação nos últimos anos. “Muito se fala em digitalização, inovação e transformação. Mas, é preciso lembrar que isso demanda muito dinheiro. Na HDI, desde 2017, investimentos R$ 450 milhões. São valores que impactam nos resultados das companhias”, frisou.

Já em sua palestra, Jeremy Jawish destacou que as seguradoras precisam mostrar ao consumidor que, de fato, se importam com a experiência do usuário, como fazem empresas de outros segmentos, como a Amazon e a Uber. “Na pandemia isso se tornou ainda mais importante. Os segurados estavam muito estressados e precisavam se sentir cuidados, especialmente no caso de seguro saúde. Então, foi importante criar processos de automação, serviços para os segurados se informarem de forma on-line a qualquer hora e dia. Além disso, há os funcionários das próprias companhias que tiveram que trabalhar de casa e ficaram sobrecarregados para atenderem consumidores estressados. Os processos que não foram criados para serem usados de casa”, comentou.

Segundo ele, com o funcionário ficando mais tempo com o cliente e parando de fazer tarefas manuais, foi possível melhorar a percepção do cliente, reduziu custo operacional e teve impactos. “Conseguimos ter melhor proposta para os clientes”, disse o executivo.

Por sua vez, Kassie Bryan projetou um cenário em que haverá aumento da receita de prêmios nos próximos anos em decorrência de fatores econômicos, climático, sociais e tecnológicos.

Na visão dela, haverá também mudanças expressivas em carteiras importantes como a de veículos, a reboque do aumento da automação. Nesse contexto, ela projetou redução da sinistralidade por acidentes e a da frequência de novos veículos. “Carros privados serão menos importantes, o mix vai mudar. O seguro baseado no uso vai aumentar, mas vai demorar décadas para substituir o que temos hoje, vai ser evolução, não disrupção. O impacto virá com o tempo”, observou.

A executiva previu ainda aumento da receita nos seguros de propriedades em razão do crescimento da economia, especialmente nos mercados emergentes. “A América Latina, por exemplo, terá grande crescimento . As tendências globais terão impacto nesta região, com crescimento acima do PIB, até pela baixa penetração do seguro”, salientou.

Por fim, ao falar sobre o mercado de investimento de risco em Insurtechs, Jonathan Kalman afirmou que os investidores estão levando em conta fatos como a aceleração do ritmo de mudanças e questões sociais e ambientais. Além disso, os eventos climáticos estão mais severos e frequentes, o que traz consequência para os investimentos em insurtech.
Para ele, os aportes em projetos de Cyber vão continuar aquecidos, ao contrário dos IPOs, que enfrentam barreiras. “O mercado está se educando e antes de irem ao público, investidor vai pedir desempenho melhor financeiro”, comentou.

Ele disse ainda que os investimentos em distribuição feitos por tecnologia são vistos como prioridade. Assim, essas insurtechs vão continuar a conseguir capital. “Precisam de alguns trimestres para ficar maduros, mas é um segmento muito legal”, acrescentou.

Antes, da palestra, Fábio Dragone, da Bradesco, destacou que o mundo vive um momento histórico, que afeta diretamente o mercado de seguros. “Hoje, tem muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Estamos vivendo uma revolução, que somente será notada no futuro. Os anos 2010 e 2020 serão lembrados como um período em que tudo mudou, seja no relacionamento, no consumo, ou como a gente vive Estamos vivendo um momento histórico”, declarou.

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