As associações que comercializam a chamada “proteção veicular” voltaram às ruas das grandes cidades, como o Rio de Janeiro, para atrair donos de veículos a partir da distribuição de folhetos que trazem inúmeras “promessas”, incluindo “coberturas” que o seguro tradicional nem sempre pode disponibilizar, pelo alto risco envolvido.
É o caso da APVS Proteção Automotiva, que, em seus folhetos, distribuídos principalmente nos bairros periféricos do subúrbio carioca, informa que aceita “veículos rebaixados e de leilão”, sem perfil de condutor, sem consulta ao Serasa ou SPC e reboque ilimitado em caso de colisão.
A associação oferece também monitoramento gratuito, por 24 horas, para veículos com valores acima de R$ 21 mil e para todos os caminhões e motocicletas.
Por fim, o folheto garante “garantir” até mesmo os danos causados por fenômenos da natureza, auxílio na falta de combustível e substituição de pneu furado.
CUIDADO. Os donos de veículos, contudo, devem ter todo o cuidado ao recorrer aos “serviços” prestados por essas associações.
Como destaca o texto publicado no site da Susep, essas associações e cooperativas não estão autorizadas a comercializar seguros e não há qualquer tipo de acompanhamento técnico de suas operações. “A única forma legal dessas associações e cooperativas atuarem é como estipulantes de contratos de seguros, ou seja, contratando apólices coletivas de seguros junto a sociedades seguradoras devidamente autorizadas pela Susep, passando a representar seus associados e cooperados como legítimos segurados”, alerta o texto.
A Susep aconselha a todos os donos de veículos a consultarem o nome da seguradora no site da autarquia e a ler as condições gerais do contrato de seguro.
Veja o alerta da Susep, no link: http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-publico/orientacao-ao-consumidor/associacoes-e-cooperativas-isso-e-seguro.