Notícias | 4 de maio de 2020 | Fonte: Revista Cobertura

As oportunidades na carteira de transporte

“O momento é do corretor de seguros avaliar nas suas carteiras o que são bens duráveis e o que são os chamados de itens essenciais”, orienta o diretor Comercial da Fetransporte Brasil, Rogério Bruch

Por Karin Fuchs

Apesar da Confederação Nacional do Transporte (CNT) ter divulgado uma pesquisa que mostra o cenário nada animador para o ramo de transporte, a convite da Educa Seguros, Rogério Bruch, diretor Comercial da Fetransporte Brasil, participou de uma webinar conduzida por Anderson Ojope, fundador da Educa Seguros. Para ele, há oportunidades em períodos de crise.

Pela Pesquisa de Impacto no Transporte covid-19, 90% dos transportadores estão pessimistas em relação ao futuro e avaliam que a pandemia do novo coronavírus terá impacto negativo em suas empresas, 84% esperam redução no faturamento nos próximos 30 dias e 82,5%, nos próximos 60 dias. A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 3 de abril, com a participação de 776 empresas de cargas e de passageiros de todos os modais de transporte.

Na avaliação de Bruch, a situação é crítica para o setor de transporte, mas a pesquisa remete a uma análise. “Pela amostra, ela representa a percepção de menos de 0,05% do mercado transportador e não mostra de quais regiões do país. A realidade tem que ser vista em cada região em que se está inserido. Se olhar somente para isso, pode ser desesperador, mas não vejo que o mercado de seguros irá sucumbir”.

Averbações – Em números, ele expôs com base em um levantamento da AT&M as averbações, comparando dois períodos: o primeiro trimestre de 2020 com o quarto trimestre de 2019, R$ 242,714 bilhões e R$ 243,153 bilhões, respectivamente. “Foram 5,581 milhões de averbações, contra 5,330 milhões no primeiro trimestre deste ano, e com as faturas que vencerão neste mês de abril, nós temos um cenário animador nesse sentido”.

A orientação dele é que os corretores de seguros se preparem para os meses seguintes. “O primeiro impacto no mês de abril será menor, mas com o cenário atual de paralisação de algumas atividades, nós teremos em torno de 30% de redução nas averbações para o mês de maio. Todos deveriam se preparar para este mês, para que depois, no final do isolamento social, outros mercados retornem lentamente”.

Oportunidades – Segundo ele, o que diminuiu muito foi o movimento de cargas de bens duráveis, mas provavelmente, estas averbações serão substituídas pelas dos segmentos de alimentos, higiene e remédios explodiu. Apenas para simplificar, ele citou o movimento no porto de Paranaguá. “Entre os dias 30 de março a 5 de abril, foram 54 mil veículos que trafegaram para o escoamento de soja nesse porto, ante 34.261 no mesmo período de 2019”.

A mensagem que ele deixa para os corretores de seguros é: avaliem a sua carteira de transporte. “Esta é uma avaliação que deve ser feita de forma individual por cada corretor, analisando o que ele tem de bens duráveis e o que tem dos chamados itens essenciais. Além disso, o mundo não será mais como antes, haverá uma mudança drástica no consumo como um todo. Temos que nos recriarmos para esse novo cenário que teremos não somente nesse ano, mas também em 2021 e em 2022”.

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