Apólice da Calha do Tietê é emitida

A apólice de seguro de risco de engenharia, que garante a segunda parte do Projeto de Ampliação da Calha do Rio Tietê, um programa de combate às enchentes, com investimentos de R$ 688 milhões, finalmente foi emitida. E contou com um adendo inédito para o Brasil e pouco praticado no mercado internacional, sugerido pela OCS Odebrecht Administradora e Corretora de Seguros, e seguido pelo IRB Brasil Re.
Trata-se de uma cláusula de divisão de lucro. “Se o índice de sinistralidade ficar abaixo de 50%, a seguradora devolverá 10% do prêmio pago”, informou Vinicio Fonseca, diretor da OCS. O custo do seguro de risco de engenharia girou em torno de 1% do valor total do contrato, ou seja, algo próximo a R$ 6 milhões, informou Salete Soares de Oliveira Augusto, responsável pela subscrição de risco de engenharia do IRB.
O contrato cobre danos causados por eventos da natureza, como alagamento, ou riscos operacionais, como incêndio. A obra está dividida em quatro lotes. A construtora líder do lote 1 é a CBPO, do grupo Odebrecht, responsável por R$ 150 milhões do contrato da Calha, contratou a Sul América Seguros. “Graças ao empenho da seguradora conseguimos uma boa colocação”, disse Fonseca.
Segundo Ivan Passos, vice-presidente da Sul América, chegar a um ponto de equilíbrio entre coberturas e preço só foi possível dado ao entrosamento entre os dois grupos, que se relacionam há mais de 20 anos. Este foi o primeiro lote a cotar o risco, sendo seguido pelos demais. A OAS lidera o lote 2 e contratou a AGF Brasil Seguros, com R$ 131 milhões em valor de contrato. O lote três pertence à Andrade Gutierrez, que contratou a Itaú Seguros, para o contrato de R$ 144 milhões. O último lote é liderado pela Camargo Corrêa, com R$ 178 milhões, que contratou a Unibanco-AIG Seguros. As obras começaram em março de 2002.
Autor: Denise Bueno