Notícias | 27 de maio de 2016 | Fonte: Folha de S. Paulo via Sindseg-SP

ANS propõe indicadores de qualidade para remuneração de profissionais

Segundo Martha Oliveira, diretora de desenvolvimento setorial da ANS, é “urgente” a necessidade de mudanças no sistema suplementar em busca de melhores resultados assistenciais e econômico-financeiros

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) apresenta nesta terça-feira (24) a especialistas e gestores de saúde novos modelos de assistência e remuneração que poderão ser adotados pelas operadoras de saúde. Três linhas de atenção são consideradas prioritárias: oncologia, odontologia e cuidado ao idoso, cujas propostas a Folha adiantou.

Segundo Martha Oliveira, diretora de desenvolvimento setorial da ANS, é “urgente” a necessidade de mudanças no sistema suplementar em busca de melhores resultados assistenciais e econômico-financeiros para garantir a qualidade dos serviços e a sustentabilidade do setor. No último ano, os planos de saúde perderam 1,4 milhão de usuários em razão da crise financeira e da alta do desemprego.

Na oncologia, as medidas propostas estão assentadas em quatro eixos: diagnóstico precoce, com estímulo a ações de promoção, prevenção e realização de busca ativa; continuidade entre o diagnóstico e o tratamento, terapia mais adequada e em tempo oportuno e, por fim, pós-tratamento e outros níveis de atenção (como cuidados paliativos).

A exemplo do que ocorre no projeto de idoso, na oncologia e na odontologia também está prevista a figura do “navegador”, um profissional que será responsável pela coordenação da atenção prestada ao usuário.

Na odontologia, a proposta é que 70% do cuidado sejam focados na atenção básica, onde um profissional de referência ficará encarregado do cuidado.

Quando o paciente precisar de tratamento especializado (tratamento de canal, por exemplo), será encaminhado a outro profissional e, depois, volta para o primeiro (de referência).

Hoje, a maioria dos planos de saúde remunera os profissionais dessa área pela quantidade de procedimentos. “Além de não ser sustentável, a prática não privilegia a boa atenção clínica”, diz Martha.

O modelo previsto, que vem sendo discutido com o setor há seis meses, passará a atrelar indicadores de qualidade tanto para a atenção quanto para a remuneração.

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