SÃO PAULO, – O diretor-geral da Samcil, Mauro Bernacchio, informou que pela primeira vez a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) diferenciou o índice de reajuste dos planos de saúde entre os contratos (pessoa física) efetuados antes de 1999 e os contratados (pessoas físicas) depois dessa data.
“Achamos que o índice de reajuste dos planos de saúde, de 11,75%, não alcançou o nosso crescimento de custo que ficou entre 13% e 14%. Mas foi a primeira que houve uma diferenciação”, disse Mauro Bernacchio.O executivo, informou ainda que o índice de reajuste surpreendeu o setor positivamente, apesar da defasagem que ele se encontra em função dos índices aplicados em anos anteriores.
Mauro Bernacchio alerta ainda que o índice de 11,75% só vale para pessoas físicas (individual e familiar) com contratos assinados depois de 1999. “Os índices de reajustes de contratos anteriores a 1999 serão bem menores e dependem do contrato firmado com cada cliente.
“E isso vai prejudicar os planos de saúde. Assim, os contratos antes de 1999, assinados com reajustes a partir do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) terão reajustes de 4,93%. Os que tem como reajuste o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) Fipe terão 4,18%. Ou seja, há reajustes que ficarão com um índice menor do que a metade liberada pela ANS.
Em São Paulo, a Samcil tem uma carteira de 200 mil associados (pessoas físicas) e 110 mil de pessoas jurídicas. Ainda segundo o diretor da Samcil, a empresa possui 40% da carteira de clientes com contratos assinados antes de 1999 e o restante (60%) corresponde a contratos depois de 1999.