Analistas sugerem que corretor invista no público jovem

Analistas e lideranças do setor vêm recomendando ao corretor de seguros que explore um pouco mais um nicho de mercado cada dia mais promissor, particularmente para o ramo de previdência privada: os jovens. Segundo pesquisa recente da Associação Nacional das Empresas de Previdência Privada, já chega a 5% a fatia correspondente às pessoas com até 21 anos de idade no volume global de participantes: “a tendência é de crescimento rápido dessa participação. As perspectivas são muito boas”, afirma o presidente da Anapp, Oswaldo Nascimento.
Até mesmo quem não está ligado diretamente ao mercado vê o jovem como o filão a ser buscado nos próximos anos. É o caso do secretário de Desenvolvimento do Rio de Janeiro, o economista Tito Ryff, segundo o qual com o acesso a maiores informações sobre a previdência complementar e a própria preocupação com o futuro, o jovem atual está predisposto a investir em um plano privado: “a expectativa de vida hoje é maior, então há a preocupação com o futuro”, assinala. Ele admite, no entanto, que ainda existem “barreiras culturais”, como no caso das camadas mais pobres da população, que, ao projetarem o futuro, ainda pensam muito mais na compra da casa própria do que na formação de poupança de longo prazo.
Já o diretor da Real Seguros, Edson Franco, afirma que o corretor deve voltar suas atenções para a previdência privada, mesmo que, em um primeiro momento, a remuneração não seja tão atraente: “é preciso ter em mente que, nesse caso específico, o retorno financeiro vem a médio e longo prazo, além do que a previdência garante a fidelidade do cliente muito mais que produtos como o seguro de automóveis”, argumenta o executivo.