Notícias | 9 de agosto de 2018 | Fonte: Monitor Mercantil

Alta do número de segurados de planos de saúde não aconteceu

O mercado de planos de saúde médico-hospitalares encerrou junho de 2018 com pequena queda no número de beneficiários na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O levantamento também destaca a retração do total de beneficiários no semestre, diferentemente do que vinha sendo apontado pelo setor.

Com base em números que acabaram de ser atualizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), houve rompimento de 66,5 mil vínculos com planos de saúde médico-hospitalares nos 12 meses encerrados em junho, o que levou o total de beneficiários no país a 47,2 milhões.

“Nos últimos meses, temos destacado que o mercado deveria analisar as ligeiras altas que vinham sendo anunciadas pela ANS com muita cautela, uma vez que a entidade tende a rever, periodicamente, o total de beneficiários para baixo”, destaca Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS (foto acima).

“O resultado não deve ser encarado como um banho de água gelada em quem já comemorava o início da recuperação do setor”, continua Carneiro, “uma vez que o ritmo de rompimentos de contrato está desacelerando, mas reforça a tese que temos apontado, de que só veremos uma retomada do crescimento de beneficiários quando o total de empregos com carteira assinada apresentar recuperação”.

Apesar de as ligeiras variações positivas divulgadas pela ANS no primeiro semestre terem sido revisadas, empurrando os números para baixo, o cenário ainda é mais positivo do que ao longo de 2017, quando a retração girava ao redor de 1,5% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. “O setor vinha comemorando avanços tímidos, de 0,1%, e agora precisa encarar uma retração também tímida, de 0,1%. Não é algo para ficarmos pessimistas”, reforça o presidente do IESS.

Os dados reforçam a previsão do IESS de que o setor seguirá “andando de lado” por mais um tempo. E mesmo em uma previsão otimista, o número de beneficiários só deve apresentar crescimento acima de 1% em meados de 2019.

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