No ano de seu centenário de atuação no mercado brasileiro, a AGF Seguros repensa algumas linhas de atuação no país para ganhar terreno. Os segmentos de riscos nomeados (RN) e riscos operacionais (RO), ambos da carteira de seguro contra incêndio, estão entre as apostas da seguradora, afirma o diretor-executivo de produtos, Arlindo da Conceição Simões Filho. A AGF completa 100 anos de Brasil em novembro.
Como o nome sugere, na cobertura de riscos nomeados, o segurado elege que riscos deseja garantir, enquanto no operacional é feita uma cobertura geral, mas com exceções explicitadas no contrato. Da estimativa de ampliar em R$ 15 milhões o faturamento dessas modalidades, um terço já foi alcançado no primeiro trimestre, segundo a seguradora, um avanço de 9% em relação ao mesmo período de 2003.
“O desafio é maior porque, nessa carteira, é muito difícil ganhar novos clientes. Geralmente as empresas acabam trabalhando com a mesma seguradora por muitos anos”, diz Simões Filho. A AGF tem cerca de 150 clientes nos dois segmentos, todos com valores segurados superiores a R$ 200 milhões. Um dos trunfos, segundo o diretor, é o trabalho com o grupo Allianz, controlador da AGF. “Como a Allianz é muito grande, conseguimos ter mais agilidade para a colocação do resseguro lá fora”, disse.
No ano passado, a seguradora reposicionou-se em áreas de seguro voltado a clientes de varejo. Uma das principais marcas dessa mudança foi a venda da carteira de vida e previdência para a Itaú Seguros, em um negócio de R$ 245 milhões – a Allianz desistiu de operações de vida, previdência e bancárias em toda a América do Sul.
Em seguro de automóvel, sua principal área de atuação, a AGF teve faturamento 12,8% menor em 2003, fruto de mudança de sua política de aceitação de risco. Além disso, a seguradora deixou o pool de DPVAT, uma carteira que representava cerca de R$ 40 milhões no final de 2002.