Notícias | 28 de junho de 2022 | Fonte: CQCS l Sueli Santos

Acordos feitos com intermediação do Sincor-SP têm 80% de aprovação

O sistema judiciário brasileiro é sobrecarregado e disso ninguém duvida. Muitas ações que aguardam há anos por uma decisão poderiam ser resolvidas em uma câmara de mediação. O Sincor-SP oferece esse trabalho desde 2018 e, na manhã desta terça, dia 28, o assunto foi tema de live que contou com a participação do advogado Antonio Penteado Mendonça, que participou da criação da CâmaraSin. A coordenadora jurídica da CâmaraSin, a advogada Vivien Lysz, disse que o índice de satisfação dos acordos celebrados nos últimos 12 meses atingiu 80%. “Isso é muito emblemático e representa um sucesso de toda a equipe”, enfatizou.

Penteado Mendonça lembrou de um caso emblemático que aconteceu na cidade de São Paulo e a mediação foi fundamental: o acidente durante a construção da estação Pinheiros do metrô. Ele lembrou que o acidente teve duas consequências diretas: os danos às próprias obras do metrô e as ações de Responsabilidade Civil porque houve mortos, feridos e pessoas que perderam patrimônio e foram atingidos pelo acidente. “Na época, o Unibanco AIG era a Seguradora e o meu escritório cuidou do assunto”, disse.

O advogado contou que foram resolvidos mais de 200 casos e, com a conciliação, foram pagos valores superiores de indenização aos que seriam estabelecidos pela justiça. “Sou fã incondicional da mediação. A maior vantagem é a celeridade porque rapidamente você resolve um problema que se for para o judiciário pode levar 10, 15 anos”, disse.

Ele disse ainda que, durante muito tempo, as seguradoras não gostavam da mediação da mesma forma que não gostavam de arbitragem. “Isso está mudando e é importante porque traz credibilidade para o setor”, analisou.

O presidente da Câmarasin, Adevaldo Calegari, conduziu a conversa e destacou que Antônio Penteado Mendonça participou da criação da CâmaraSin junto com o então presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo que hoje está à frente da Superintendência de Seguros Privados (Susep). “Falei com o Camillo na época e apontei que o caminho era por meio do tribunal de justiça que ficou encantado porque fomos uma das primeiras organizações patronais para efetuar o projeto”, relembrou.

Penteado Mendonça ainda enfatizou que o mais importante sobre a CâmaraSin é que ela não é uma câmara de arbitragem de seguro. “Ela está apta a realizar todo e qualquer tipo de mediação e a maior parte dos problemas da sociedade brasileira se encaixa na mediação porque já existem mediadores treinados que têm condições necessárias para dar suporte para as duas partes envolvidas. O mediador não tem lado”, destacou.

A coordenadora jurídica da CâmaraSin, a advogada Vivien Lysz, destacou as vantagens da mediação. “Os ganhos que a mediação propicia são vivenciados na reformulação do conflito. A mediação é um instituto poderoso em sua eficácia”, enfatizou.

A coordenadora destacou ainda que os mediadores e conciliadores têm expertise para que quem busca a CâmaraSin tenha uma ferramenta na ferramenta de gestão estratégica do conflito. “É importante tentarmos racionalizar que os conflitos trazem uma oportunidade para que as partes possam satisfazer seus interesses antes de acionar o poder judiciário”, afirmou.

A íntegra do encontro pode ser vista em: https://www.youtube.com/watch?v=dq8p7u3hoBU&t=2415s

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