Acordia Re chega ao Brasil através de acordo com a Assurê

O promissor nicho de mercado de colocações de excedentes do Brasil no exterior está ganhando mais um concorrente de peso, fruto da parceria firmada entre a corretora de seguros Assurê, pertencente ao presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (Sincor-RJ), Henrique Brandão, e a norte-americana Acordia Re, controlada pelo grupo financeiro Wells Fargo, um dos maiores da Califórnia. O acordo gerou a Assurê Internacional, que vai atuar em todos os ramos, sendo a representante exclusiva da Acordia, no mercado brasileiro. Segundo o diretor executivo da nova empresa, Sérgio Viola, o IRB-Brasil Re deverá concluir nos próximos dias o cadastramento da Acordia para operar no mercado doméstico, através da sua representante: “vamos utilizar a experiência da nossa parceira para colocar os excedentes brasileiros no mercado internacional em condições mais favoráveis”, afirma o executivo, acrescentando que, em 2002, a Acordia obteve uma receita da ordem de US$ 750 milhões em comissões, atuando no seguro e no resseguro. Ele afirma que a demora na regulamentação da abertura no resseguro do Brasil não vem causando problemas para a colocação de riscos brasileiros no mercado internacional. Sérgio Viola observa que, na verdade, mesmo com o monopólio, a experiência brasileira é até melhor que a média apurada no exterior: “o IRB-Brasil Re vem apresentando bons resultados operacionais, ao contrário das resseguradoras estrangeiras que, tradicionalmente, acumulam apenas ganhos com aplicações financeiras, graças as suas imensas reservas”, destaca Sérgio Viola, que foi funcionário de carreira do IRB-Brasil Re, chegando a ocupar uma diretoria da empresa. Com relação aos preços praticados no exterior, que tiveram um grande aumento depois dos atentados terroristas contra alvos norte-americanos em setembro de 2001, ele afirma que tal cenário é normal e que, como ocorreu outras vezes, logo haverá uma reversão dessa tendência.