“Menos política”, segundo o dirigente da instituição, e mais eficiente, a Funenseg tem se destacado por sua atuação diversificada na área de ensino do seguro.
O presidente da Fundação Escola Nacional de Seguros (Funenseg), Robert Bittar, participou nesta quarta-feira, dia 26 de outubro, de Palestra do Meio-Dia da APTS, apresentando um panorama da evolução da entidade ao longo dos seus 34 anos de atividade. Sua primeira constatação foi a de que a fundação mudou muito nesse período. Ele próprio confessou que, até chegar à presidência – cargo que ocupa desde fevereiro deste ano –, a considerava “um tanto inerte e muito política”. Mas, depois, disse que se surpreendeu com inúmeros aspectos positivos, dentre os quais destacou o “excelente quadro de funcionários comprometidos e de grande capacidade intelectual”.
Uma de suas primeiras providencias no cargo foi “despolitizar” a Funenseg, porque acredita que “uma instituição de ensino não pode fazer distinção de pessoas ou cargos, mas, atuar na valorização do produto seguro”. Disse, ainda, que, graças ao trabalho iniciado por Armando Vergílio dos Santos, presidente anterior, encontrou uma instituição “enxuta” e aprumada, restando-lhe apenas “continuar nesse rumo”.
Em números, Bittar demonstrou o quanto a Funenseg está trabalhando. Segundo ele, nesses 34 anos, a instituição já entregou ao mercado 240 mil profissionais habilitados; formou 90 mil corretores de seguros e 900 comissários de avarias. Por meio de convênios com instituições internacionais de ensino, proporcionou intercâmbio para mais de 1,2 mil profissionais de seguros brasileiros. E, além dos cursos de graduação, pós-graduação e MBA, agora também passará a oferecer cursos de nível superior, depois de obter recentemente autorização para isso. Ele comentou, ainda, as atividades da Funenseg no ensino à distância, cursos in company e apoio à pesquisa na área de seguros, ressaltando o acervo de 20 mil títulos da biblioteca e, entre as publicações, a revista Caderno de Seguros. Outra novidade trazida pelo dirigente será a mudança das instalações da Funenseg para outro local, próximo à avenida 23 de Maio.
Lembrando da mal-sucedida experiência do Codiseg – órgão que no passado era encarregado da divulgação institucional do seguro –, e, mais recentemente, das onerosas inserções publicitárias na mídia televisiva, Bittar disse que está convencido que o melhor meio para difundir a cultura do seguro são as palestras. Por isso, criou o projeto “Todo dia seguro”, pelo qual pretende que seja realizada uma palestra por dia em pontos diferentes do país. “Sei que essa idéia assusta um pouco, mas não vejo dificuldades para realizá-la, se contar com o apoio dos sindicatos”, analisou.