Notícias | 25 de novembro de 2005 | Fonte: Pequenas Emp.Gdes Negócios

6 dicas espertas para você entrar no jogo

Todos os planos de previdência privada são iguais. Mas alguns são mais iguais do que os outros. Por isso, fique atento para não cair em armadilhas

Na hora de escolher o seu piano de pre-vidência privada, você deve prestar muita atenção em alguns quesitos. Talvez o mais importante seja verificar se o seu plano cobra a chamada taxa de carrega-mento, que muitas vezes incide sobre cada depósito que você faz, antes mesmo de ele chegar à sua conta. Além disso, convém ficar atento à taxa de administração, que incide sobre o seu patrimônio, cobrada pelas em-presas. Abaixo, listamos seis coisas que você precisa saber antes de definir o seu plano de previdência.

1 VOCÊ NÃO PRECISA TER UMA RENDA IGUAL A. QUE TEM HOJE Quase todo mundo faz a poupança levan-

do em conta os gastos que tem hoje, na ativa. Mas, segundo uma pesquisa realizada nos Estados Unidos na década de 50, um aposentado precisa de apenas 70% da renda dos tempos da ativa para manter o mesmo padrão de vida, principalmente em razão da redução de despesas como mensalidades da escola dos filhos, transporte e roupas para o trabalho. Mas há quem diga que é preciso mais do que isso. Para o consultor especializado em previdência, Silvio Paixão, sócio dos sites Dr. Previdência e Finance Center, o melhor é se programar para viver com pelo menos 80% da renda da ativa. “É preciso levar em conta que as despesas com médicos e remédios es-tão cada vez maiores”, afirma. “Os aposentados de hoje também não querem mais passar o dia na frente da TV, de pijama.”

AVALIE SE CONVÉM CONTRATAR PENSÃO PARA O SEU CÔNJUGE

Saiba que o seu cônjuge não tem direito a receber absolutamente nada, se você contratar um pia-no básico e vier a lhe faltar. Mesmo que isso aconteça no primeiro dia de sua aposentadoria. Para evitar o problema, se for do seu interesse, convém você estender a cobertura a ele, caso você venha a morrer antes. Claro que isso tem o seu preço. A contratação deste benefício adicional implica uma redução de sua renda na aposentadoria, considerando um mesmo valor de contribuição durante o período de acumulação de capital. Em vez de receber uma renda vitalícia de 5.000 reais aos 65 anos, por exemplo, quem contratar o benefício para um cônjuge da mesma idade receberá 3.940 reais. Mas a mordida varia conforme a empresa.

3 NÃO LEVE MUITO A SÉRIO AS • PROJEÇÕES DE BENEFÍCIOS No ato da venda do plano, muitos corretores

procuram fisgar o cliente com base em estimativas de sua renda futura. Só que, ao projetar o valor dos benefícios, algumas empresas, em vez de fazer o cálculo com base em juros conservadores, na faixa de 6% ao ano acima da inflação, inflam as taxas reais para até 12% ao ano. Desta forma, você acha que precisará poupar muito menos para ter a renda que considera adequada no futuro. “É difícil que os juros continuem tão altos quando se pensa em 30 anos pela frente”, diz o diretor-executivo comercial da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio Condurú.

Além disso, dependendo do tipo de plano que você contratar, o comportamento dos juros não vai influenciar, de forma direta, a sua poupança. Se você optar, por exemplo, pela contratação de um plano que invista o seu capital em aplicações indexadas ao dólar ou em ações, as previsões tornam-se ainda mais bizarras.

4 NEM TODOS OS GANHOS VÃO • PARA O SEU BOLSO Acredite, se quiser, mas é difícil saber ao cer-

to quanto rendem os diferentes planos de pre-vidência. A rentabilidade divulgada pelos jornais reflete apenas a variação das cotas. Ela não mostra o impacto da chamada taxa de carrega-mento, que pode alcançar até 10% sobre cada depósito e é cobrada por muitas empresas. Também não inclui a chamada taxa de saída, cobra-da somente por algumas empresas, sobre os saques e variável de acordo com o prazo da aplicação. Apenas a taxa de administração é debitada diretamente das cotas.

SÓ DÁ PARA MUDAR DE PLANO • NO PERÍODO DE ACUMULAÇÃO

Muita gente não sabe, mas a possibilidade que você tem de mudar a empresa na qual deposita sua poupança sem ser penalizado só vale durante o período de acumulação de capital. Depois que você começar a receber os benefícios não pode mais trocá-la. A sua renda mensal foi definida de antemão, conforme o valor que você poupou e o período de recebimento dos benefícios, e só será corrigida anualmente, com base na inflação.

6 VOCÊ PODE RECEBER O BENEFÍCIO DE UMA VEZ OU EM PARCELAS Quando você se aposenta, pode receber toda a sua poupança ou parte dela de uma única vez. Se preferir, pode optar por transformá-la, integral ou parcialmente, numa renda mensal. Mas saiba que, se optar por recebê-la em parcelas não poderá, até o final da vida, sacar o saldo de sua poupança.

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