Notícias | 23 de julho de 2020 | Fonte: CQCS

2020: o ano do investimento mais consciente

Sustentabilidade é o tema da vez. Nesta quarta-feira, dia 22, aconteceu a segunda edição da série WebTec, evento digital organizado pela CNSeg que teve como tema  “2020: O Ano do Investimento de Impacto”.

A diretora de Relações de Consumo e Comunicação da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Solange Beatriz Palheiro Mendes foi a mediadora e contou com a participação de Amâncio Paladino Messina, Coordenador de Produto da XP Vida e Previdência; Luzia Hirata, Analista ESG no Santander Asset e Membro do Grupo Consultivo de Sustentabilidade da ANBIMA; Marcelo Melo, Vice-Presidente de Vida, Previdência e Investimentos da SulAmérica e Maria de Fátima Mendes de Lima, Diretora de Sustentabilidade da Mapfre e Presidente da Comissão de Sustentabilidade e Inovação da CNseg.

Solange lembrou que o mercado de seguros tem provisões que ultrapassam R$ 1 trilhão de reais. Segundo ela, 75% desses ativos estão concentrados em aplicações financeiras.

Ela compartilhou que o tema sustentabilidade é visto com atenção pela CNSeg desde 2012 quando a entidade aderiu aos termos de sustentabilidade da ONU.

Na ocasião, Maria de Fátima Mendes de Lima disse que nos dias atuais o tema sustentabilidade e negócio caminham lado a lado, diferente do que acontecia no passado. “Percebemos o quanto as empresas são resilientes no atual cenário e percebo que a expansão do modelo tradicional que visa só o retorno financeiro, não funciona mais”.

Ela ressaltou que os índices de sustentabilidade estão performando melhor. “A maior gestora de recursos Black Rock colocou sustentabilidade no topo de sua política de investimentos”, ressaltou.

Ela lembrou ainda a recente carta aberta assinada por ex-ministros da fazenda que colocam como prioridade as questões sociais e ambientais para retomada da economia. “Isso também por conta da pressão dos investidores”, revelou.

Luzia Hirata falou representando a Anbima e reforçou que é crescente a tendência dos critérios ASG (fundos que seguem critérios ambientais, sociais e de governança) no mundo. “A Anbima tem um guia para ajudar os gestores a entender melhor o que são investimentos sustentáveis. O objetivo do guia é auxiliar os gestores a incorporarem a análise ASG em suas tomadas de decisões para investimentos, atendendo a demanda externa e local”, explicou.

Segundo ela, cada player do mercado de capitais deve se adaptar à metodologia de seleção que melhor corresponde às suas expectativas e necessidades.

Luzia disse ainda que o fator ASG leva em conta questões dentro de cada fator. “Em ambiental, por exemplo, uso de tecnologia limpa, uso de recursos naturais, entre outros”, afirmou.

Ela acrescentou ainda que mudança climática é um tema sensível para o setor de seguros porque o risco físico é real. “Existe uma série de riscos e boas oportunidades. Quando tratamos desse assunto procuramos ver também as oportunidades”, disse.

Amancio Paladino, da XP Vida e Previdência, disse que a empresa criou recentemente uma diretoria específica de ASG e, apesar dessa recente criação, a jornada começa em um ambiente muito propício e precisamos considerar o papel da XP na distribuição e veículos de investimentos. “Isso tem se manifestado na associação das parcerias dos nossos associados até os fornecedores dos produtos de todos os ramos”, disse.

Segundo ele a questão de responsabilidade da XP sobre o produto que distribui é relevante. “Quando falamos em termos de seguradora que opera planos de previdência, a questão ASG é primordial já que são produtos onde o cliente e a seguradora assumem um compromisso de longuíssimo prazo”, ressaltou.

 Paladino disse ainda que a XP Seguros tem uma especialidade em realizar parcerias para lançar produtos com várias assets. “Temos mais de 50 assets associadas e temos procurado associar esses aspectos ASG”, reforçou.

Marcelo Mello, Vice-Presidente de Vida, Previdência e Investimentos da SulAmérica, falou sobre como a companhia trabalha a locação das reservas da SulAmérica e de terceiros. “Hoje, administramos cerca de 50 bilhões de reservas técnicas de diversos investidores de produtos de investimento e produtos de previdência. O assunto ASG vem ganhando relevância”.

Ele fez um pequeno histórico e disse que hoje o “A” vem ganhando relevância e na Europa. “os investidores europeus querem saber de que forma as empresas lidam com os temas ambientais e isso também vem ganhando força no Brasil”, disse.

Segundo ele, os gestores de recursos trouxeram esse tema como mais relevância quando perceberam que isso gera valor. “Além da importância de conversar com os gestores e com a comunidade à sua volta, é importante termos um nível de criticidade ao ler o relatório de sustentabilidade de uma empresa”, ressaltou.

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