Notícias | 24 de novembro de 2020 | Fonte: Seguradora Líder

Três perguntas para Silvia Lisboa, coordenadora do programa “Respeito à Vida” do Detran.SP

Em um cenário marcado pelo isolamento social em decorrência da pandemia causada pela Covid-19, a Seguradora Líder estima uma queda de 19% no total de acidentes de trânsito indenizados até o final de 2020. No entanto, o painel “Dados DPVAT”, onde é possível consultar o total de acidentes de trânsito registrados em todo o território brasileiro entre os anos de 2010 e 2020, revela que a redução do número de mortes ainda se mostra um grande desafio para a sociedade brasileira – atualmente, são 14 vítimas fatais por 100 mil habitantes.

No Estado de São Paulo, por exemplo, onde a previsão é de mais de 4 mil mortes até o fim de 2020, o programa “Respeito à Vida” mostra que 94% dos acidentes fatais são motivados por falha humana. Dentro deste contexto, conversamos com Silvia Lisboa, coordenadora do projeto, para entender como programas educativos e ações de conscientização podem contribuir para uma direção mais respeitosa e, consequentemente, com a diminuição de tragédias no trânsito.

Para a especialista, em qualquer abordagem, “é essencial que todos os personagens do trânsito usem o cinto de segurança, dirijam com prudência, respeitem os limites de velocidade, mantenham a manutenção do veículo em dia e não combinem álcool e direção”.

Confira abaixo a nossa entrevista exclusiva.

1. As projeções para o encerramento de 2020 demonstram reduções nos acidentes em ruas, estradas e rodovias do país. Porém, os dados de vítimas fatais ainda são alarmantes e somente no Estado de São Paulo são estimadas mais de 4.300 mortes ocasionadas por acidentes de trânsito, sendo a maioria de motociclistas. Na sua opinião, como podemos sensibilizar a sociedade civil a adotar hábitos mais responsáveis a fim de salvarmos cada vez mais vidas?

O Detran.SP e o programa Respeito à Vida investem constantemente em ações e campanhas educativas para fomentar um trânsito mais responsável e seguro no Estado de São Paulo. A comunicação e ações de trânsito são feitas de forma segmentada, tendo em vista que cada público (faixa etária, gênero, etc.) possui características próprias para diferentes tipos de ações, mas o intuito é o mesmo: salvar vidas.

2. Na mesma linha, a partir de dados e de análises preditivas, é possível identificar concentrações de acidentes em determinadas datas, horários, faixa etária e sexo. Somente em outubro deste ano, cerca de 50% das indenizações foram referentes a acidentes envolvendo pessoas entre 18 e 34 anos. Além disso, mais de 75% do total foram para vítimas do sexo masculino. Como promover a mudança de comportamento na população mais jovem e nos condutores do sexo masculino?

As mulheres de fato são mais cautelosas no trânsito, o que é importante, já que elas representam 40% dos motoristas de todo o Estado. O último levantamento do programa Respeito à Vida e do Detran.SP também mostra que o risco de ocorrências fatais é menor entre pessoas com mais de 50 anos. Ou seja, pessoas mais experientes tendem a assumir menos riscos e isso se reflete nas estatísticas de acidentes e de infrações. A prudência é um valor que precisa ser assimilado também pelos mais jovens.

Reduzir o número de acidentes, que em sua maioria são motivados por falha humana, é vital para o Detran.SP. Por isso seguimos investindo em ações e campanhas educativas para todos os motoristas, independentemente do gênero e faixa etária. É essencial que todos os personagens do trânsito usem o cinto de segurança, dirijam com prudência, respeitem os limites de velocidade, mantenham a manutenção do veículo em dia e não combinem álcool e direção.

3. O advento da pandemia da Covid-19 trouxe transformações em todos os âmbitos da sociedade, com destaque para a concepção de novos modelos de trabalho, tais como o “home office” definitivo. Diante deste cenário, quais as principais mudanças no trânsito que podemos esperar para 2021?

Por conta da pandemia do coronavírus, houve grande redução no fluxo de veículos e isso foi positivo para a redução de óbitos e acidentes no trânsito. Mas é preciso atenção sempre, pois com vias mais livres a tendência é de aumento da velocidade média, o que pode refletir em acidentes de maior intensidade e consequências mais graves.

Vale ressaltar que, desde o início da pandemia, o Detran.SP acelerou o seu processo de digitalização e ampliou em 48% os serviços digitais, saindo de 43 para 64 diferentes tipos de necessidades, que em sua maioria são solucionadas 100% online. Ter a documentação em dia, tanto do condutor quanto do veículo, também é muito importante para um trânsito mais seguro.

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