O mercado de seguros faturou R$ 41,929 bilhões nos sete primeiros meses do ano, 8,6% acima dos R$ 38,596 bilhões registrados de janeiro a julho de 2008, segundo as últimas estatísticas divulgadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que não inclui o ramo saúde. No período, os gastos comerciais subiram 5,9%, para R$ 4,904 bilhões. Já os sinistros retidos chegaram a R$ 12,154 bilhões, alta de 14,6%, mesmo índice de crescimento verificado nos chamados prêmios ganhos, situados em R$ 22,859 bilhões.
O seguro de automóvel, incluindo a cobertura de responsabilidade civil facultativa (RCF), cresceu 11,6% no acumulado até julho, ao atingir receita de R$ 9,465 bilhões. Não menos significativo foi o desempenho do seguro obrigatório de veículos automotores (Dpvat), cuja receita, próxima de R$ 3,4 bilhões, aumentou cerca de 8%.
Com os planos de vida geradores de benefício livre (VGBL), as seguradoras captaram R$ 15,222 bilhões de janeiro a julho, 14,1% a mais do que em igual período do ano passado. Nos seguros de vida e de acidentes pessoais, os prêmios ultrapassaram R$ 6 bilhões, crescimento de 15,6%.
patrimônio. Os dados da Susep mostram ainda que os seguros patrimoniais cresceram 6,3% nos sete primeiros meses do ano, quando a receita atingiu R$ 3,870 bilhões. O destaque ainda permaneceu com o seguro de riscos de engenharia, com a expressiva expansão de 122,9%, para R$ 418,8 milhões. O multirrisco residencial, por sua vez, cresceu 12,6%. Performance diferente foi observada no seguro de extensão de garantia de bens, que despencou 23,2%. No pacote empresarial, o incremento foi de apenas 0,9%, enquanto o seguro de riscos nomeados e operacionais aumentou 17,2%.
Na circulação de mercadorias, a receita de R$ 293,7 milhões cresceu moderadamente na garantia do transporte nacional (3,8%) e caiu 10,2% na cobertura de exportação e importação, para R$ 236,8 milhões. Na proteção de responsabilidade civil do transportador rodoviário de carga, houve queda de 7%.
Diferentemente da carteira de transportes, os seguros financeiros exibiram vendas aquecidas, com crescimento de nada menos que 97,8% de janeiro a julho. O faturamento foi a R$ 472,6 milhões no período. Os números da Susep indicam que o seguro de garantia judicial deslanchou. A receita saltou de R$ 6 milhões para R$ 48 milhões, evolução de 666,8%. A garantia de obrigações privadas também apresentou ótimo desempenho, ao crescer 124,9%. As vendas de seguros rurais, por fim, subiram 73,5% em todas as suas modalidades, para R$ 406,5 milhões.