Debate Seguro | 20 de julho de 2004 | Fonte: CQCS

Corretor indignado com falta de embasamento na coluna de Elio Gaspari em O Globo

Nome: DELIO REIS
E-mail: [email protected]
Empresa: Cia do Seguro – Corretora
Cidade: Salvador
Estado: Ba
Assunto: Prezado Gustavo,

Faço minhas as suas palavras. Indignei-me ao ler ontem estas palavras pouco sensatas, para não dizer estúpidas, deste senhor que se utiliza de uma concessão pública para divulgar de forma irresponsável um texto absurdo e inoportuno.

Vamos intensificar o debate pois percebo que a ignorância neste assunto permeia também a nossa classe. Temos responsabilidade com o mercado e precisamos alertar as pessoas do risco iminente que corremos.

Não falo das possibilidades que serão perdidas com a crescente perda de interesse das operadoras pelo ramo saúde. Falo principalmente do gravíssimo problema social que está sendo gerado, de forma irresponsável, pela ignorância e má fé.

Os médicos, apesar da força do movimento, já sentiram o peso da decisão de paralisar o atendimento. O faturamento também foi paralisado, e ficou demonstrado que não sobreviverão sem os planos privados.

Imagine quando as operadoras pararem de fato, e elas vão parar um dia se continuar como está, os maiores prejudicados serão os que estão atacando hoje. Desta vez os pobres não serão atingidos, já possuem o PLANO FEDERAL e estão há anos luz dos falsos burgueses pois já sabem como é acordar cedo para ir para a fila do SUS.

Os planos privados gastam em torno de R$ 20 Bi por ano para assistir 36 milhões de usuários, já foi 44 milhões antes da Lei 9656/98. O SUS gasta aproximadamente R$ 20 Bi para fazer de conta que cuida dos outros 150 milhões de brasileiros.

Pagamos cerca de 40% do PIB em impostos por ano no Brasil.

Quanto pagaremos a mais em impostos se os planos acabarem e a camada mais exigente da população tiver que voltar para o SUS?

Quem em sã consciência se acha capaz de prover sua assistência com recursos próprios?

Quem acredita que o Governo cumprirá seu papel constitucional?

Quem não acha que está na hora de começar a ler um pouco e entender melhor este problema para cumprirmos o nosso papel de mediadores do mercado?

Um forte abraço,

Délio Reis
Cia do Seguro – Corretora

CQCS Responde: Caro Délio, se todos os colegas manifestassem, com certeza formaríamos opinião padrão da NOSSA atividade e não daríamos espaço para este tipo de equívoco.

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