Debate Seguro | 14 de janeiro de 2004 | Fonte: CQCS

A presença ativa dos corretores de seguros na internet

Elizeu Augusto de Oliveira*

Gosto de pensar a presença de todos os profissionais Corretores de Seguros e suas empresas na Internet. E a palavra presença uso para tratar de como o mercado leva os seus negócios para a Internet. Desta mídia que oferece acesso irrestrito a todos e que se diferencia das outras por sua interatividade, não podemos ficar de fora. Nesse sentido, meu empenho tem sido redobrado desde que assumi a diretoria de Marketing da FENACOR. Através do Portal dos Corretores de Seguros, www.corretoresdeseguros.com.br, conseguimos oferecer, aos associados de todos os SINCORs, gratuitamente a criação e manutenção dos sites e, a custo reduzido a hospedagem, endereços de correios eletrônicos e relevantes informações diárias, oportunizando a presença de todos neste “admirável mundo novo” virtual.

É o que chamo de presença receptiva. Um conjunto de sites disponíveis aos consumidores e usuários vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Como uma loja que nunca fecha, este ambiente está sempre lá, preparado para receber seus visitantes.

Mas, especialmente para aqueles que já se fazem presentes, entendo ser chegada a hora da transição da presença receptiva – que continuará exercendo seu papel – para a PRESENÇA ATIVA. Isto trata, então, de levar a Internet para os negócios.

O termo presença ativa em negócios, e nós bem o sabemos, leva ao entendimento de ativo que, se não é dinheiro vivo, é passível de ser transformado. Mas como levar meu site a ser um canal ativo?

Esta pergunta, confesso, me corroeu o pensamento por alguns meses, principalmente durante aqueles em que vi, estupefato, algumas seguradoras, a exemplo dos bancos, com seus Internet Bankings, apostarem em tecnologia de ponta para a venda de seus produtos online. Deste ambiente de relacionamento virtual os profissionais Corretores não participam. Igualmente, os profissionais Corretores de Seguros que, em seu site, apontarem, por meio de link, para os sites dessas seguradoras, oferecem uma venda direta sem controle efetivo sobre as suas remunerações.

Mais do que encontrar e apontar soluções, minha função de dirigente sindical no Distrito Federal, em especial, e minha experiência profissional nos primórdios da informática (quando, como analista de sistemas executava a coordenação de sistemas nacionais, em computadores de grande porte, por meio dos chamados “pacotes” e redes corporativas) exigia a implementação efetiva de ações.

Parti então da certeza de que a presença ativa em qualquer que seja o canal de distribuição, requer ações de marketing. Marketing, por sua vez, combina o desenvolvimento de produtos e serviços diferenciados ou massificados com a propaganda e a prospecção. A Internet permite o estabelecimento de audiência própria para a propaganda que veiculamos. Assim, o ambiente receptivo do site deve estar preparado, com a roupagem adequada, para receber os visitantes que, no nosso caso, querem comprar seguro. Os produtos de seguro, então, devem estar lá, disponíveis. A audiência, ou visitação do site, permite a geração de um banco de dados. O banco de dados, ou data base, é formado por visitantes que se cadastram, voluntariamente, para acessar determinadas seções dos sites, como a cotação direta de um seguro. Quanto maior o banco de dados, maiores as oportunidades de convidar visitantes, através de ações de mailing, a freqüentar o site, agora já com objetivos definidos, incrementando a audiência, aumentando as oportunidades de negócios e transformando-os em clientes.

Com vistas a gerar a participação dos profissionais Corretores de Seguros no chamado círculo virtual, estou estabelecendo contatos efetivos com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico e com o Sindicato da Indústria da Informação em Brasília, para a definição de estratégias do como fazer e do que precisamos.

Longe de desprezar o avanço tecnológico na distribuição de produtos pela Internet já conquistado por alguns seguradores, temos nós, Corretores de Seguros que “pegar a carona” e ter acesso a recursos que nos permitam realizar nossa função. Também neste canal, a Internet, as companhias seguradoras têm que rever o seu business, que é a criação de produtos de seguro; Corretores de Seguros têm que comercializar o produto, demandando soluções específicas para grupos determinados, de acordo com suas necessidades aos seguradores; e, consumidores têm que comprar, tornando-se clientes segurados e devidamente assistidos por nós.

A intenção é levar o conhecimento inicialmente para o Centro-Oeste, com representatividade no Distrito Federal, desenvolvendo um pólo avançado de tecnologia para Corretores de Seguros. E nos XIII Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros e XX Congresso Panamericano dos Produtores de Seguros – dos quais sou coordenador, levar à mesa de discussões, em grupo de trabalho específico, a inclusão digital para o nosso segmento.

Muito além de exibir a marca das seguradoras aos consumidores de Internet, vamos contatá-los, vender para eles online, acompanhá-los e ampará-los, tratando a Internet como ambiente perfeito para fazer e desenvolver negócios a custos baixíssimos. Vamos, afinal, inverter o jogo a nosso favor e assumir nossa função no mercado também da Internet.

SEGUROS, SÓ COM O CORRETOR DE SEGUROS!

*Elizeu Augusto de Oliveira é profissional Corretor de Seguros; presidente do SINCOR-DF; diretor de Marketing da FENACOR; acadêmico da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP); integrante da Comissão Especial de Produtos e Serviços da SUSEP e da Comissão de Atualização de Material Didático da Funenseg; presidente da Fundação de Apoio a Pesquisas Tecnológicas (FUNTEC); economista com MBA em Análise e Desenvolvimento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); analista de sistemas e agente de propriedade industrial pelo INPI.

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