Historicamente, a primeira empresa orientada à prestação de serviços de assistência surgiu em Paris, na segunda metade do século XX.
No território brasileiro, desde 2004 a utilização dos serviços de assistência é regulamentada para uso pelas seguradoras, sendo caracterizada pela Susep como atividade complementar aos contratos de seguro. Uma vez que os serviços sejam contratados dos prestadores de serviços, ou seja, não podendo ser prestados diretamente pelas sociedades seguradoras, estas deverão assumir responsabilidade subsidiária por isto perante o segurado.
Em todo o mundo, a atividade das Assistências ocorre de modo muito integrado às Seguradoras, fazendo parte de tantos produtos securitários que sua comercialização sem tais acessórios torna-se difícil de imaginar. Por exemplo: – Alguém adquiriria uma cobertura para seu veículo, sem incluir na apólice um serviço de guincho ?
A utilização dos serviços de assistência nas apólices complementam as coberturas contratadas, aumentam a percepção de valor do produto, de sua utilidade e consolidam o relacionamento com os segurados.
Embora ao público em geral os serviços mais conhecidos sejam o assistência veicular e funeral, muitos outros estão disponíveis, como por exemplo: o Help-Desk, que oferece ajuda na utilização de microcomputadores; Assistência Pet que abrange consultas a veterinários, cuidados estéticos e, inclusive, hospedagem do animal; Concierge, que informa sobre shows e disponibilização de mensageiros; Viagem, em formato de assistência nacional e internacional (inclusive com observação de tratados internacionais para viajantes, como o de Schengen), auxiliando com dificuldades como localização de bagagens, endereços úteis, fornecimento de serviços advocatícios e empréstimos emergenciais. Não encerrando a lista (que é longa), mas focando em uma atividade de grande relevância, finalizo com o serviço de Segunda Opinião Médica, que permite obter laudos especializados, fornecidos, inclusive, por clínicas de renome internacional.
É certo que os serviços de assistência se consolidaram como um importante componente dos produtos securitários, gozando de grande percepção de utilidade e agregando mais valor ao seguro, assim, devem ser tratados pelos players do mercado segurador com atenção e busca constante de harmonização com as sempre crescentes e mutáveis necessidades dos segurados.
Dilmo Bantim Moreira
Vice presidente do CVG/SP, Diretor de Relacionamento com o segmento de Previdência Privada e Vida da ANSP, Coordenador da Comissão Técnica de Vida e Previdência do SINDSEG/SP e Membro da comissão técnica de Produtos de Risco da FENAPREVI.